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O Governo Federal não vai permitir a venda da Embraer para a Boeing. De acordo com o presidente Michel Temer, essa é uma questão de soberania nacional. Por isso, a empresa norte-americana pode até comprar mais ações e estabelecer parcerias com a estatal, mas jamais assumirá o seu controle acionário. “Afinal, vender a Embraer seria vender uma parte da soberania nacional e isso está fora de consideração”, reforçou o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
No Recife para lançar o Comdefesa, Jungmann explicou que a Embraer é responsável pelo desenvolvimento de uma série de projetos de interesse nacional, como o controle aéreo nacional, o sistema integrado de monitoramento de fronteiras e o reator nuclear da Marinha. Por isso, não pode cair em mãos estrangeiras. “A Embraer não produz só aviões. É o coração do desenvolvimento da tecnologia, inovação e pesquisa aplicada na área de defesa do Brasil”, concluiu.
Jungmann disse, porém, que a Embraer está aberta a parcerias com a Boeing. “Nós apostamos em parcerias, como projetos conjuntos e joint ventures, porque o mercado global está se concentrando e nós não podemos ignorar isso”, explicou.