A partir de março, mais de 484 mil gestantes beneficiárias do Bolsa Família receberão repelentes para reduzir os índices de doenças relacionadas ao mosquito aedes aegypti, como zika, dengue e febre chikungunya.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) distribuirá 15,9 milhões de frascos divididos em sete lotes. O último lote será distribuído em dezembro. Nesta primeira etapa, serão entregues quase um milhão de unidades. As prefeituras ficarão responsáveis por escolher a melhor forma de distribuição – ou no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) ou na unidade de saúde.
“Os prefeitos conhecem como ninguém a realidade local e a estrutura de cada unidade. Por isso, eles têm autonomia para definir a melhor forma de entregar o produto às gestantes”, explica o secretário executivo do MDSA, Alberto Beltrame.
Segundo o secretário, a proteção das mulheres grávidas beneficiárias do Bolsa Família é prioridade para o governo federal. “O combate ao mosquito é uma tarefa permanente da sociedade brasileira. Essa ação é mais uma ferramenta nesse conjunto de medidas que precisam ser tomadas, ajudando essas mulheres, especialmente as mais pobres, na prevenção do zika”, afirmou.
Em 2015 e 2016, foram notificados 10,2 mil casos de crianças nascidas com alterações no crescimento e desenvolvimento relacionadas à infecção do zika vírus no Brasil, sendo 2,2 mil confirmados. Neste período, foram concedidos 1,9 mil Benefícios de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com microcefalia.