Sebrae aponta que o impacto da greve de caminhoneiros tende a ser maior nas micro e pequenas empresas localizadas em cidades com mais de 100 mil habitantes. O que representa 30% das 11,5 milhões de negócios optantes do regime do Simples Nacional. Há uma prática de se trabalhar com poucos estoques nas atividades econômicas realizadas nas grandes cidades, ao passo que nas cidades menores, é comum trabalhar com estoques um pouco maiores. Hoje, as MPE representam 98% das empresas do país, geram 52% da massa salarial e são responsáveis pela maioria da geração de emprego.
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, não há muito a ser feito. “O empreendedor tem de ter paciência. Não adianta brigar com o posto de gasolina. Ele é a ponta do iceberg. Quem é o verdadeiro causador está escondido, olhando todo esse imbróglio ‘pela fresta’”, garante. Afif também defende que a sociedade como um todo está sendo afetada. “O petróleo faz parte da estrutura de vida do brasileiro. Essa variação, em um mercado retraído, não deveria ser repassada ao povo. Em termos de renda, o cidadão brasileiro ainda está na UTI.”
Entre as mercadorias que tendem a ser prejudicadas está o próprio transporte de combustíveis. Embora o foco dos caminhoneiros seja o diesel, todas as demais atividades que dependem de combustíveis como álcool e gasolina também são prejudicadas.