O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está otimista com a economia brasileira. Durante participação no “Bom dia, Ministro” desta quinta-feira, 12 de setembro, ele sustentou que em 2024 o país deve crescer mais de 3%, ao contrário das expectativas originais de muitos dos analistas. “A economia vai crescer mais de 3% este ano e a geração de emprego vai ser recorde, mas não podemos nos acomodar. Precisamos perseguir os objetivos para que o país volte a ter finanças robustas”.
Em 2024, alguns dos setores mais importantes anunciaram em eventos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva investimentos que superam os R$ 580 bilhões para os próximos anos. O de tecnologia da informação e comunicação, por exemplo, prevê R$ 85,7 bilhões. O automotivo, R$ 130 bilhões. O de alimentos, R$ 120 bilhões. O de aço, R$ 100 bilhões. O de papel e celulose, R$ 105 bilhões e o de saúde, R$ 39,5 bilhões.
Haddad relembrou que as projeções para o PIB em 2023 previam crescimento de 0,8% e o país cresceu 2,9%. Para 2024, a previsão era de 1,5%, mas os movimentos todos já indicam algo em torno de 3%. “Ainda há muito o que fazer, mas é possível entrarmos num ciclo sustentável de crescimento”, afirmou.
Durante uma hora de conversa com emissoras de rádio de várias regiões do país, o ministro exaltou a criação de mais de 1,5 milhão de empregos formais nos primeiros sete meses de 2024 e o fato de o país, que já é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, estar se tornando o maior exportador de produtos alimentícios industrializados.
Segundo Haddad, as iniciativas para renegociações de dívidas de pessoas físicas e de empresas, a aprovação da Reforma Tributária, o novo Arcabouço Fiscal, o programa Acredita, a aprovação da reoneração de setores produtivos e o processo de equacionamento das contas públicas criam um colchão que permite maior confiabilidade e acesso ao crédito no Brasil.
“O financiamento de veículos e de motos está subindo 12%, 14%. O crédito está subindo 10,5%, segundo dados da Febraban. Por que isso está acontecendo? Porque estamos atuando. O Desenrola foi importante. A revisão do Pronampe é importante. Já aprovaram o projeto de lei do Acredita, que está no Senado, e é um projeto importante de destravamento do crédito no Brasil”, disse.