Homem dá tapa em nádegas de mulher que pedalava de volta para casa; polícia investiga caso

O que deveria ser uma volta tranquila para casa após o treino na academia se tornou um trauma na vida da cabeleireira Joana Paula Araújo Queiroz, de 41 anos. Ela estava de bicicleta na Rua Alexandria, em Jardim Atlântico, quando um homem passou ao seu lado em uma moto vermelha e deu um tapa em suas nádegas. O caso aconteceu na última quarta-feira (5) e foi registrado na manhã seguinte na Delegacia de Rio Doce. No Boletim de Ocorrência, estão informações como a placa e a identidade do dono do veículo. A Polícia Civil classificou o ocorrido como importunação sexual. A pena para esse crime varia de um a cinco anos.

O caso viralizou nas redes depois de a filha de Joana, Lays Roberta Queiroz, de 24 anos, ter divulgado um vídeo da cena. As imagens foram feitas por câmeras de segurança de uma das casas da Rua Alexandria. Até o início da manhã desta segunda-feira (10), a postagem havia alcançado a marca das 326 mil visualizações.

Em entrevista exclusiva à reportagem do Diario de Pernambuco, Joana relembrou o episódio e revelou detalhes que antecederam a ação do homem. “Eu estava voltando da academia e isso aconteceu numa ladeira extensa. Nas imagens das câmeras, eu percebi que ele premeditou. Ele olhou para trás e não fez barulho com a moto. Ele deu um forte tapa, ficou toda a mão marcada”, rememorou.

Joana fez questão de ressaltar outros tipos de violência que as mulheres sofrem no dia a dia e contou como se sentiu ao notar que tinha sofrido um abuso.

“Quando eu botei minha cara, não foi só por mim. As mulheres têm o direito de fazer atividade física e usarem o que quiserem. Já somos intimidadas pelos olhares. Eu me senti totalmente abusada, a minha intimidade foi invadida e isso é frustrante”, disse.

Depoimento
Ao lado da sua advogada e de duas testemunhas, Joana Paula Araújo Queiroz irá prestar um depoimento na delegacia onde registrou o caso, em Rio Doce, na tarde desta terça-feira (11).

E pedindo por justiça, estendeu novamente sua luta a várias outras mulheres que passam por casos semelhantes.

“Quando expus minha imagem foi para dizer que isso tem que ser olhado com mais atenção e prioridade, porque uma mulher quando tem sua intimidade violada pede para que a justiça seja feita”, encerrou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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