O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), rebateu duramente a “acusação caluniosa” de que foi vítima por parte do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, publicada em matéria do jornal O Estado de São Paulo deste domingo (23). O texto da publicação, fundado apenas em um trecho do depoimento do ex-diretor no processo de delação premiada, cita o petista como um dos beneficiários de recursos para financiamento de campanha.

Por meio de nota, o líder do PT afirmou que todas as doações recebidas para sua candidatura ao Senado em 2010 “foram feitas de forma legal, transparente, devidamente declaradas, registradas em prestação de contas e inteiramente aprovadas pela Justiça Eleitoral”.

Humberto assegura jamais “ter pedido a quem quer que seja que solicitasse qualquer doação de campanha ao Sr. Paulo Roberto Costa”, a quem acusa de ter dado à Justiça declarações “inconsistentes” e “inverossímeis”. “Causa espécie o fato de que, ao afirmar a existência de tal doação, o Sr. Paulo Roberto não apresente qualquer prova, não sabendo dizer a origem do dinheiro, quem fez a doação, de que maneira e quem a teria recebido”, diz ele, em outro trecho da nota.

Ressaltando a “vida pública pautada pela honradez e seriedade, não respondendo a qualquer ação criminal, civil ou administrativa por atos realizados” ao longo da sua carreira política, Humberto Costa se colocou “à disposição de todos os órgãos de investigação afetos” ao caso da Petrobras e abriu os seus sigilos bancário, fiscal e telefônico para análise de dados por parte das autoridades competentes.

Wagner Gil

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.