Humberto denuncia descaso de Temer com instituições indígenas

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O encontro nacional que reúne 3 mil representantes de comunidades indígenas, que se realiza em Brasília, e o tratamento repressivo dispensado a alguns deles pela Polícia Militar em frente ao Congresso Nacional, na última terça-feira (24), levaram o líder da Oposição, Humberto Costa, a tratar do tema no Plenário do Senado. A polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral contra o grupo que protestava contra o governo Temer e contra as mudanças nas regras de demarcação de terras.

Para Humberto Costa, a polícia agiu contra a violência desnecessária contra os índios. “Repudio a forma com que esses cidadãos brasileiros foram recebidos ontem, aqui no Congresso Nacional. Promovendo uma manifestação legítima e pacífica, eles foram agredidos pela Polícia Militar, alguns chegaram a ser detidos. Foi necessária a intervenção de parlamentares para que as coisas voltassem ao normal”, disse o senador.

Desde segunda-feira (24), três mil índios estão reunidos em Brasília, onde participam do Acampamento Terra Livre para denunciar o que chamam de “maior ofensiva contra os direitos indígenas nos últimos trinta anos”. Recentemente, a Funai anunciou a suspensão das atividades de 5 das 19 bases de proteção a índios isolados. A entidade ainda analisa parar as atividades de outras seis unidades. O governo Temer também paralisou toda e qualquer demarcação de terra.

“Vivemos o desmantelamento das instituições e políticas públicas indigenistas, a começar pela Funai, completamente esvaziada e acéfala, assim como estão as unidades de Distrito de Sanitário Especial Indígena. Isto implica em prejuízos graves aos serviços de Educação e Saúde para milhares de pessoas dessas comunidades”, afirmou Humberto.

O senador voltou a lembrar que ações violentas e de perseguição a minorias tem sido uma constante do governo de Michel Temer. “É crescente a tentativa de criminalizar as lideranças e organizações simpáticas à causa dos índios. Bem como são as agressões constantes e até os assassinatos ocorridos pela falta de diálogo e de tolerância, assim como de apoio oficial e proteção”, alertou o senador.

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