O volume de importações de bens de capital no Brasil deve encerrar o ano com alta de 30% e movimentação de 37,4 bilhões de dólares, segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei). A tendência de crescimento também é prevista para as importações de bens intermediários, categoria na qual é esperado um crescimento de 22%, atingindo 128 bilhões de dólares até o final de dezembro.
Para o economista e presidente executivo da Abimei, Paulo Castelo Branco, as ações promovidas pelo governo nos últimos meses contribuem para o estímulo às importações, abertura de mercado que favorece o desenvolvimento da indústria nacional. “Iniciativas como as medidas que zeraram as alíquotas de importação por meio de ex-tarifários, estão ajudando na retomada do otimismo e no avanço do setor industrial, pois favorecem a competitividade das empresas brasileiras”.
O levantamento também avaliou o desempenho das importações entre os meses de janeiro a outubro de 2019, período em que o volume no Brasil teve queda de 0,6%, registrando movimentação de 150,6 bilhões de dólares, diante de 151,4 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado. “Ao avaliarmos o número de importações geral, constatamos que houve uma desaceleração no período, que pode ser justificada entre outras causas pela alta do dólar nos últimos meses”, comenta Otto Nogami, professor responsável pelo estudo desenvolvido pela Abimei.
Dentre os segmentos pesquisados no levantamento, a categoria de transporte voltada à indústria obteve a maior alta de janeiro a outubro, pois as importações de Equipamentos de Transporte Industrial cresceram 11,6%, movimentando 3,2 bilhões de dólares, contra 2,9 bilhões de dólares do primeiro ao décimo mês de 2018.
A categoria “Importações – Peças e Acessórios para Bens de Capital” apresentou a segunda melhor alta até outubro deste ano, com um crescimento de 6%, movimentando 17,8 bilhões de dólares, contra 16,8 bilhões de dólares de janeiro a outubro de 2018. No período pesquisado, as importações de bens intermediários – também tiveram alta e passaram de 88,3 bilhões de dólares para 91,1 bilhões de dólares, um crescimento de 3,2%.