Importadoras planejam crescer com venda de carros mais baratos em 2018

Folhape

As empresas importadoras de automóveis definem suas estratégias para 2018. Com o fim do sistema de cotas para modelos produzidos fora do Mercosul, veículos mais em conta chegarão em maior volume ao país. De acordo com a Abeifa (associação que representa importadoras), as vendas de automóveis estrangeiros das marcas que fazem parte da entidade deverão chegar a 40 mil unidades neste ano, uma alta de 38% sobre 2017.

Além da alta nas vendas no setor automotivo, o crescimento é explicado pelo lançamento de modelos como o sul-coreano Kia Rio, que deverá custar a partir de R$ 55 mil. A empresa está investindo R$ 165 milhões no Brasil ao longo de 2018, como parte de seu plano de reestruturação, e pretende gerar 1.300 empregos diretos.

A chinesa JAC, que vai montar dois utilitários em Goiás a partir de 2019, aproveita o fim das cotas para trazer veículos mais em conta, como o compacto de estilo fora-estrada T20. O modelo deverá custar R$ 40 mil para concorrer com os nacionais Renault Kwid e Fiat Mobi Way.

Imposto
De acordo com as marcas, trazer modelos de menor preço e maior volume era inviável devido à elevação dos tributos. Entre 2012 e 2017, a importação de carros era limitada a 4.800 unidades por marca -havia algumas variações de acordo com definições de produção local do programa Inovar-Auto.

O excedente era sobretaxado: havia acréscimo de 30 pontos percentuais sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). As empresas pagam também o imposto de importação, de 35% para carros que não tenham motorização híbrida ou 100% elétrica.

Passado
Por melhor que seja a recuperação em 2018, as importadoras sabem que não conseguirão repetir o desempenho de 2011. A Kia vendeu 80 mil unidades naquele ano, um assombro diante dos cerca de 8.000 emplacamentos de 2017. Para este ano, espera emplacar 20 mil veículos no Brasil. A JAC, que terminou 2011 com 24 mil licenciamentos, fecha 2017 com cerca de 3.500 carros comercializados.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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