Folha de S.Paulo
As manifestações contra a presidente Dilma Rousseff, realizadas em várias cidades brasileiras neste domingo (13), são destaque também na mídia internacional.
O jornal norte-americano “The Wall Street Journal” colocou o assunto na home de sua página na internet, chamando a atenção para as “centenas de milhares de manifestantes”.
“A ira” deles, segundo a publicação, está direcionada contra Dilma e seu partido, o PT, “cercados por uma crise de confiança”.
O jornal francês “Le Monde” informa, em seu site, que há manifestações “em todo o Brasil” contra Dilma. A publicação diz que dezenas de milhares de pessoas protestaram em cerca de 400 cidades, no que chamou de “uma mobilização de grande dimensão contra a presidente, atolada em uma séria crise política”.
O espanhol “El País”, que faz uma cobertura ao vivo dos protestos em seu serviço brasileiro, também deu destaque ao evento em seu site global. “Oposição se manifesta contra Rousseff e leva pressão às ruas”, diz a manchete. No texto, o jornal faz a análise de que a crise política tem durado “meses” e destaca que este domingo será uma das provas mais importantes para a oposição à presidente.
O argentino “Clarín” afirma que as manifestações acontecem “em meio a um clima de forte descontentamento social” pela recessão e pelos casos de corrupção. “Os manifestantes tingiam as ruas com o verde e amarelo da camiseta da seleção brasileira de futebol”, diz o jornal, que lembra que esta rodada de protestos é a primeira a ser apoiada abertamente pelos partidos de oposição.
O texto diz ainda que cenas como a da multidão na praia de Copacabana, no Rio, “viraram usuais” desde a eclosão da crise econômica e política.
As informações da agência Reuters, que classificou o clima da manifestação em São Paulo como “festivo”, destacam que o tamanho dos protestos pode ser crucial no convencimento do Congresso para apoiar ou não o processo de impeachment de Dilma.
Outra agência, a AFP disse que “protestos em massa “sacudiram o Brasil”. A Al Jazeera informa que “milhares de manifestantes tomaram as ruas para pedir a saída da presidente”.