Incentivo à autonomia infantil é fundamental para desenvolvimento

O olhar adulto observa as crianças sempre pequenas e frágeis e se esquece de avaliar, muitas vezes, quais atividades elas podem realizar sozinhas no dia a dia, apenas com a orientação adequada. A falta de incentivo à autonomia infantil pode trazer prejuízos ao desenvolvimento. Um estudo recente, da Universidade de Montreal, no Canadá, realizada com cerca de 80 mães e filhos, apontou que quando a autonomia è dada às crianças o impacto é positivo, inclusive, no aspecto cognitivo do crescimento.

Em Caruaru, o tema foi abordado pelo projeto “Encontro com Especialistas” do Colégio GGE para pais da Educação Infantil e Fundamental. O objetivo foi o de promover o diálogo entre os pais e responsáveis e fornecer orientações especializadas através da participação da psicóloga Roberta Aragão. A palestra está disponível na íntegra no canal do GGE, no TouTube, o GGETV. O encontro mostrou quais tarefas podem ser realizadas pelos pequenos, mas, também, orientou os pais a estimular o desenvolvimento da consciência moral para que, no futuro, as crianças possam fazer escolhas assertivas e éticas.

“A infância é uma das fases mais lindas do ser humano, crescer requer desafios e segurança na própria capacidade. Os pais têm um papel fundamental nesta conquista da autonomia da criança. Possibilitar que os filhos vivenciem experiências de acertos, de erros e até de pequenas frustrações faz com que eles compreendam e valorizem as pequenas vitórias e é uma das formas de estimular essa independência”, ressalta a psicóloga do Serviço de Orientação Educacional e Psicológica (SOEP) do GGE Caruaru, Fabiana Santos.

O incentivo à autonomia, de acordo com especialistas, melhora a memória, o pensamento e até a capacidade infantil de resolver problemas, através do conhecimento de estratégias que possibilitem a compreensão, interpretação e o senso de mudança ou adaptação à realidade.

“No processo de cuidar, alguns pais podem esquecer a necessidade da criança de aprender, de tentar fazer sozinha, de permitir os primeiros passos da independência filial. É preciso possibilitar o abrir das asas dos nossos pequenos para que eles possam construir seus caminhos, sabendo que os pais estarão sempre por perto para ensinar, orientar e cuidar quando for pertinente, porque amar perpassa pelo cuidado de aos poucos sermos desnecessários, sem deixar de sermos imprescindíveis em suas vidas”, enfatiza Fabiana Santos.

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