O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tornou sigiloso o processo interno sobre a permissão para a entrada de um policial federal na sala segura do órgão, local onde o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros concursos são elaborados.
Servidores do órgão anunciaram ainda que o documento que trata do processo teria sido apagado. A entrada do agente na sala segura causou espanto e preocupação nos técnicos do instituto. Servidores e ex-dirigentes do Inep afirmam que o incidente teria sido inédito.
O caso é mais um desgaste que se impõe sobre órgão organizador do Enem, vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Servidores afirma ter sofrido pressão para interferir no conteúdo da prova, além de assédio moral. A situação levou 37 servidores a pedir exoneração de cargos de chefia em protesto contra o atual presidente do instituto, Danilo Dupas Ribeiro.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a declarar nesta semana que a prova do Enem 2021 teria “a cara do governo”.
Segundo a Polícia Federal, desde 2017 o Inep pede vistorias e inspeções na gráfica responsável pela impressão das provas. No entanto, a PF não mencionou uma vistoria na sala segura em comparação a anos anteriores.
Correio Braziliense