A inflação perdeu força em junho e pesou menos no bolso das famílias.O indicador oficial de custo de vida, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,35% em junho – menos da metade do registrado em maio.
Esse resultado foi influenciado diretamente pelos preços de alguns alimentos, a exemplo de cenoura, que ficou 23,72% mais barata no mês passado.
Ainda entre os itens que apresentaram queda de preço, se destacam cebola (-17,78%), tomate (-8,08%), frutas -(7,58%), pescado (-2,27%), óleo de soja (-1,85%), frango inteiro (-1,36%), café da manhã (-1,25%) e carnes (-0,85%).
Fora do grupo alimentação, outros itens importantes para o consumidor brasileiro também ficaram mais em conta. Gasolina, por exemplo, registrou queda de 1,22% nos preços.Etanol também ficou mais barato na comparação entre maio e junho, redução de 0,64%.
A lista segue com boate e danceteria (-2%), excursão (-1,84%), automóvel novo (-0,90%), conserto de automóvel (-0,74%), eletrodomésticos (-0,57%) e gás de botijão (-0,39%).
Preços ao consumidor
No acumulado de 2016 até junho, o IPCA registrou alta de 4,42%, resultado bem inferior aos 6,17% registrados em igual período de 2015. A despeito dessa desaceleração, o resultado está caminhando para próximo dos limites de tolerância estabelecidos.
O governo, principalmente o Banco Central, tem trabalhado para conter esses avanços, mas diante das necessidades de reorganização da economia, apenas no próximo ano será possível garantir os preços dentro de um limite mais adequado.
Segundo o Banco Central, a projeção é que no fim de 2017 os preços estejam na meta perseguida pela instituição, um IPCA de 4,5%. Se isso se concretizar, será a primeira vez desde 2009 que o Brasil alcança esse resultado.