O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou 2016 com alta de 6,29%. O indicador ficou dentro do limite previsto pelo Governo Federal. O objetivo era que a inflação ficasse em 4,5%, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos (2,5% a 6,5%). Em dezembro, o IPCA teve variação de 0,3%, a menor registrada desde dezembro de 2008. Os números foram divulgados na última quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2015, a alta dos preços chegou a 10,67%, o maior índice atingido desde 2002. Segundo o IBGE, os alimentos impediram o IPCA de ter uma desaceleração maior. Os preços desse grupo subiram, em média, 8,62% no ano passado. Em 2015, a elevação tinha sido de 12%.
O instituto atribuiu o crescimento da inflação na agricultura à queda na produção agrícola do país, que ficou 12% da colhida no ano anterior. O feijão (56,56%), a farinha de mandioca (46,58%), o leite em pó (26,13%) e o arroz (16,16%) foram os alimentos que registraram altas mais significativas. Já o tomate (-27,82%), a batata inglesa (-29%) e a cebola (-36,5%) tiveram as quedas mais acentuadas.
“O IPCA dezembro foi o mais baixo para esse mês desde 2008 (0,28%). Em 2016, índice acumulou alta de 6,29%, ficando abaixo dos acumulados de 2015 (10,67%) e de 2014 (6,41%). O grupo Alimentação e Bebidas exerceu a maior influência sobre os índices do mês e do ano”. ressaltou a nota do IBGE.