A Fundação Banco do Brasil (FBB) realizará investimento social de R$ 17,3 milhões para garantir o acesso à água potável a cerca de 14,3 mil pessoas prejudicadas pelos efeitos da seca no nordeste e no norte de Minas Gerais.
A aplicação do recurso, anunciada nesta semana, possibilitará a implantação de 3.588 cisternas para captação e armazenamento de água nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Para isso, a fundação firmou convênio com a Articulação do Semiárido (ASA). A rede, formada por mais de 3 mil organizações da sociedade civil, será responsável pela identificação e mobilização dos beneficiados, além da construção dos reservatórios e da assessoria técnica.
As novas cisternas serão divididas em dois tipos. O total de 3.198 serão voltadas ao consumo básico, que é água para beber, conhecidas como Cisternas de Placas. Outras 390 serão relacionadas à produção de alimentos e à criação de pequenos animais, chamadas de Cisterna Enxurrada e Calçadão.
Nos últimos quatro anos, a FBB já implantou 80 mil unidades de consumo básico e 12 mil de produção. A iniciativa, que contou com parceria da ASA, totalizou investimento de R$ 327 milhões e beneficiou 350 mil pessoas.
Tecnologia social
As Cisternas de Placas foram certificadas como tecnologia social em 2001 pela FBB, com a finalidade de captar e armazenar água de chuva. Para o consumo das famílias, o sistema permite o acúmulo de até 16 mil litros, que atende às necessidades de uma família de cinco pessoas pelo período de até oito meses.
O equipamento é composto por encanamento simples para recolher água da chuva nos telhados das casas, além de um reservatório no subsolo, revestido com placas.
Para as atividades produtivas, as cisternas são de dois modelos: Calçadão e Enxurrada, que são construídas perto das residências. As duas têm capacidade para 52 mil litros de água. A diferença é que a Enxurrada é instalada no caminho por onde passa o fluxo pluvial e a Calçadão capta de áreas em declive.