IPCA: indução percutânea de colágeno com agulhas. Essa sigla de quatro letras, estranha à primeira vista para o público em geral, sintetiza um dos procedimentos médicos que vem revolucionando a dermatologia. E é apresentado em livro por aquele que trouxe a técnica para o Brasil, o dermatologista pernambucano Emerson Andrade Lima, que aperfeiçoou e expandiu seus benefícios a pacientes que sofrem de problemas tão variados quanto cicatrizes de acne, melasma e estrias, por exemplo.
A obra será lançada no próximo dia 8 de setembro, no 71º Congresso Brasileiro de Dermatologia, a se realizar em Porto Alegre. A publicação é voltada para médicos e estudantes da área de saúde e leva o nome oficial do procedimento, IPCA: Indução Percutânea de Colágeno com Agulhas. O livro foi publicado pela Editora Guanabara, especializada em livros médicos.
Consagrado na Europa e nos EUA, o tratamento é realizado utilizando-se microagulhas, que perfuram a pele, provocando uma resposta reparadora do organismo, traduzida no reforço da produção do colágeno, essencial para a saúde do tecido. Embora venha sendo utilizado amplamente por profissionais de diversas áreas, a IPCA é uma intervenção médica, exige anestesia local, exigindo que seja executada por profissional de saúde apto para tal para garantir a segurança do paciente e os resultados esperados.
“Trata-se de uma intervenção cirúrgica, exige cuidados específicos. Minha intenção em publicar esse livro foi justamente destacar que é necessário estudo, preparo para dominar esta técnica. Comecei há seis anos a aplicar a IPCA, quando não se falava nisso no Brasil. A experiência me fez descobrir, por exemplo, que é possível obter excelentes resultados utilizando-a para tratar o melasma. No livro, detalho vários casos de sucesso”, destaca Emerson Lima.
Além do melasma, o IPCA vem sendo utilizado pelo médico, com ótimos resultados, para combater rugas, cicatrizes em geral, estrias, flacidez e a celulite.
O domínio do procedimento e a experiência adquirida ao longo dos anos possibilitaram ainda ao dermatologista ser precursor em outras duas técnicas: a Tunelização Dérmica (TD) – que também usa agulhas para a correção de cicatrizes extremamente estigmatizantes – e a Radiofrequência Pulsada com Multiagulhas (RFPM), eficiente na correção da sobra de pele nas pálpebras sem cortes.
No livro, o autor contabiliza 864 casos tratados em pouco mais de seis anos em serviço público e privado, apresentando a maior casuística do País e uma das maiores do mundo. Toda a renda obtida com a venda dos volumes será revertida para o instituto Pelo Bem, que dá assistência a crianças, adultos e idosos em situação de risco.