De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial sofre com transtornos mentais, o que corresponderia, aproximadamente, a 720 milhões de pessoas. O Brasil é o país que lidera o ranking de ansiedade e depressão na América Latina, com quase 19 milhões de pessoas com essas condições.
Por isso, no início de cada ano, uma campanha toma destaque para direcionar a atenção da sociedade a uma causa de extrema importância, mas muitas vezes negligenciada: a saúde mental. O Janeiro Branco surge como um movimento global de conscientização sobre a importância de cuidar da saúde emocional, incentivando a reflexão, diálogo e a busca por apoio profissional.
“Em meio às resoluções de ano novo voltadas para a saúde física, o Janeiro Branco destaca a necessidade de olhar também para o bem-estar psicológico. A campanha busca quebrar estigmas relacionados à saúde mental, promovendo o entendimento de que cuidar da mente é tão fundamental quanto cuidar do corpo”, aponta Thiago Lacerda, psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da Estácio Recife.
O estresse cotidiano, desafios pessoais, pressões sociais e o impacto da pandemia de COVID-19 têm acentuado a importância do cuidado com a saúde mental. Nesse sentido, o Janeiro Branco não se trata apenas de um mês de conscientização, mas de um convite à reflexão contínua sobre como lidamos com nossas emoções e as impactamos em nossa qualidade de vida. Neste período, são promovidas atividades educativas em escolas, empresas e instituições de saúde, visando disseminar informações sobre a importância do cuidado com a saúde mental.
“É crucial entender que buscar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem e sabedoria. Psicólogos, psiquiatras e outros profissionais da saúde mental desempenham papéis essenciais no suporte às pessoas que enfrentam desafios emocionais. O acesso a tratamentos adequados pode não apenas aliviar o sofrimento psicológico, mas também prevenir complicações mais graves”, explica Thiago Lacerda.
Segundo o psicólogo e coordenador da Estácio Recife, neste Janeiro Branco, é essencial que a sociedade abrace a causa, incentivando conversas abertas sobre saúde mental e desfazendo estigmas que ainda cercam o tema. “Ao promover um ambiente de compreensão e empatia, contribuímos para a construção de uma comunidade mais saudável e resiliente”, finaliza.