Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, contagiosa e que tem cura, mas, se não for tratada, pode deixar sequelas. Em Caruaru, o tratamento é oferecido, gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde, geralmente, é realizado o diagnóstico.
A pessoa com suspeita de hanseníase deve procurar a UBS mais próxima da sua casa, onde passará por uma avaliação para identificar se a “mancha” na pele é decorrente de fungos ou é sugestivo de hanseníase. Na unidade também serão solicitados os exames para a confirmação do diagnóstico. Caso constatada a doença, o paciente recebe a orientação médica necessária e os medicamentos para o tratamento, que pode ser de seis ou 12 meses, a depender de cada caso.
O tratamento é ofertado, gratuitamente, e o paciente permanece em acompanhamento até o término do mesmo.
De maneira geral, a hanseníase se manifesta por meio de manchas (vermelhas ou brancas) na pele, que não doem e nem coçam.
Segundo Efraim Naftali, coordenador de Epidemiologia das Doenças Negligenciadas, no ano de 2021 foram notificados 53 casos de hanseníase em Caruaru, o que é considerado um número baixo, mas pode haver subnotificação da doença. “Muitas pessoas podem estar acometidas e não sabem. Por isso, orientamos que, ao observar qualquer mancha na pele e tenha a perda da sensibilidade, procure, imediatamente, uma unidade de saúde mais próxima”, disse Naftali.
Ainda de acordo com o coordenador, quanto mais rápido a doença for diagnosticada, melhor. “Quando a doença é diagnosticada e tratada precocemente, é possível impedir a evolução da mesma e evitar o acometimento dos nervos e outras perdas que podem acontecer se ela progredir”, explicou.