O senador Jarbas Vasconcelos (MDB) subiu nesta quarta-feira (12) na tribuna do Senado para cobrar maturidade política e entendimento entre Governo e Congresso em favor de uma agenda de reformas e mudanças que o País necessita. “É preciso uma mínima trégua. Não é possível manter conduta de pastoril e somente enxergar a disputa entre o azul e o encarnado. Estamos vivendo como se estivéssemos em um terceiro turno eleitoral. Sem pilares programáticos e sem uma agenda de trabalho clara. Estamos banalizando o mundo real, detratando o futuro e as próximas gerações”, afirmou.
Em sua fala, o senador relembrou que na atual queda de braço entre membros do Executivo, Legislativo e Judiciário só quem perde é o povo. “É o povo, a parcela majoritária, sofrida e carente de dias melhores é quem só perde com essa disputa. A energia que precisamos nesse momento, deixando de lado interesses pessoais e partidários, deve ser voltada para a construção de consensos mínimos, da governabilidade e da harmonia do ambiente produtivo”, disse.
Por fim, Jarbas ressaltou a necessidade de uma pauta de discussão entre executivo e legislativo focada na política fiscal, nas reformas necessárias, na produtividade dos setores econômicos e em um plano nacional de educação que perpasse gestões de governo e funcione como pilar do estado brasileiro.
“Nada é mais inclusivo do que a educação básica e sua cadeia complementar de conhecimento e formação continuada. Temos que cuidar dos que perderam a capacidade de competir e se encontram marginalizados em suas próprias desgraças, que no fundo representa também o nosso fracasso, já que somos seus representantes aqui no Congresso Nacional”, concluiu.
Presidindo a sessão, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), ao final do discurso de Jarbas, fez questão de ressaltar a importância da busca pelo consenso em favor do País. “Quando um parlamentar com a historia de Jarbas, que já foi prefeito, governador, deputado e agora mais uma vez senador, vem à tribuna falar de esperança e da importância de olharmos as necessidades do povo, ao invés de focarmos em disputadas partidárias, é motivo para ouvirmos e aprendermos”, finalizou.
Blog da Folha