Após a passagem do ex-presidente Lula por Pernambuco, marcada por gestos dirigidos aos deputados federais João Campos e Marília Arraes, ambos potenciais candidatos à Prefeitura do Recife, setores do PSB, nas coxias, argumentaram à coluna o seguinte: “O que o PT for fazer é problema dele, não é problema nosso”.
Indagado, ontem, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, se Lula seria cabo eleitoral mais forte que o presidente Jair Bolsonaro para 2020, João Campos não arrodeou sobre a afinidade com o petista, mas disse ser cedo para saber a força que cada um terá no pleito do ano que vem. João avaliou assim: “Acho Lula mais forte que Bolsonaro, tanto é que a gente tem afinidade com o campo da esquerda e não com esse negócio tosco da direita, desse neoliberalismo misturado com fascismo, que é o Boslonaro”. O socialista completou: “Então, acho que Lula é mais forte que Bolsonaro. Mas, em relação ao peso que isso pode ter numa eleição, é muito cedo para dizer, tem muita água para rolar daqui para o próximo ano. Não tem como saber a força que cada pessoa terá”. João observa que quem vive de política “sabe que é preciso respeitar cada dia”.
Questionado se trabalharia para ter o apoio de Lula no ano que vem, João, sem titubear, focou a resposta no “projeto do PSB”. Fez uma análise que coincide com as que vinham sendo feitas por correligionários nos bastidores. “O PSB tem clareza do projeto, tem um projeto, tem uma gestão que tem executado ações relevantes, num momento de crise, pelo Recife, tem um enredo, tem toda uma construção e está muito claro como o PSB vai se comportar no próximo ano”, introduziu João e arrematou: “O PT tem que fazer avaliação interna do que eles querem. O PSB sabe o que quer”.
Folha Política