Os juízes pernambucanos escolheram o dia 13 de outubro para um dia de mobilização da categoria. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária promovida pela Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE), na manhã desta segunda-feira (15), no auditório do Fórum Rodolfo Aureliano (Joana Bezerra).
O dia de mobilização se deve ao fato da magistratura do Estado ter a pior remuneração do país, com vencimentos inferiores a outras instituições do Judiciário, como por exemplo, o Ministério Público. Para minimizar essa defasagem salarial a AMEPE propôs ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que fosse encaminhada à Assembleia Legislativa de Pernambuco um projeto de lei para a redução da diferença de entrância entre os magistrados do 1º e 2º Graus.
Em maio deste ano, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Frederico Neves se comprometeu, durante um encontro com magistrados, a enviar ao pleno do Tribunal o projeto de lei para redução da diferença de entrância. Mas o projeto não foi sequer levado à votação no pleno do TJPE.
A AMEPE entende que a justificativa do TJPE de falta de recursos para implementar a diferença de entrância não tem fundamento já que o projeto para criação de novos cargos de desembargadores apresentado pela presidência do TJPE foi aprovado, em maio, fazendo surgir novas despesas geradas com a criação de cargos como de assessor, técnicos e secretários, além das novas instalações físicas. As despesas estão estimadas em cerca de R$ 20 milhões anuais, enquanto a redução de entrância resultaria uma despesa em torno de R$ 14 milhões por ano”, argumentou Antenor Cardoso ressaltando ainda que a redução da diferença de entrância atingiria principalmente os magistrados aposentados, que não têm verbas incorporadas aos vencimentos.