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O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), afirmou que “a tendência é permanecer na base” do governador Paulo Câmara (PSB), na eleição do ano que vem. Porém, ele ainda aguarda uma conversa com o socialista para decidir, de fato, qual caminho irá tomar diante da formação de um bloco de oposição no estado que conta com a presença de representantes do governo Michel Temer, como os ministros Fernando Filho (Minas e Energia) e Mendonça Filho (Educação).
Em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, Jungmann disse que ainda não tratou sobre a eleição de 2018 com Paulo Câmara. Os dois almoçaram juntos nesta terça-feira (26), mas o ministro garantiu que a conversa girou em torno de assuntos econômicos e que deverão tratar da aliança depois do Carnaval. “Até agora, a tendência majoritária é permanecer na base”, colocou.
Na visão do ministro, o debate eleitoral não deve ser travado entre os que defendem o governo Temer e os que o desaprovam. “Se a divisão for essa e acho que não vai ser, evidentemente que estaria no campo daqueles que defenderão o governo Temer, do qual participo. Mas porque digo que não será? Porque acredito que o governo vai recuperar a popularidade”, destacou.
Em outro momento, negou que irá se candidatar a governador do Rio de Janeiro, como havia sido especulado. “Se eu fizesse isso, estaria sendo um moleque. Porque se venho para cá para ajudar o Rio de Janeiro e ao mesmo tempo estou dizendo que estou aqui por um projeto pessoal, perco toda a credibilidade. Além do que Forças Armadas não são ‘cabo eleitoral’ de ninguém”, explicou Jungmann, que deve disputar uma vaga na Câmara Federal.
Perguntado sobre a conjuntura política nacional, disse que “o pleito de 2018 é de altíssima imprevisibilidade”. “Há uma certa ansiedade de encontrar um candidato de centro que tenha viabilidade. Existem vários que estão disputando. Tem o Tem o Geraldo Alckmin (PSDB), o Rodrigo Maia (DEM), que vem aparecendo mais recentemente, com maior força. Tem o Henrique Meirelles (Ministro da Fazenda) e outros que podem aparecer. Então a gente se aproxima do calendário eleitoral, mas ainda tem um grau de imprevisibilidade muito grande”, opinou.