Preocupada com a escalada da violência política em todo o País, a deputada estadual Laura Gomes (PSB) propôs ao governador Paulo Câmara a criação de uma força-tarefa integrada pelas Polícias Civil, Militar e Federal, além da Justiça, para atuar na repressão à brutalidade de indivíduos ou grupos, movidos por questões partidárias. Além disso, a socialista vai mobilizar a Comissão de Direitos Humanos da Alepe e a Comissão da Mulher para discutir estratégias de enfrentamento da situação que pode ser considerada como de alta gravidade, conforme observou a parlamentar que representa Caruaru.
A deputada falou na Tribuna da Alepe, na manhã desta quarta-feira (10), e citou o recente ataque a uma jornalista, domingo passado, no Recife, por dois homens que a ameaçaram de estupro e chegaram a feri-la com instrumentos cortantes. Destacou, também, o assassinato do capoeirista baiano, Mestre Moa. Em ambos os casos os agressores se colocaram como partidários do candidato Jair Bolsonaro (PSL), conforme observou a Laura Gomes, baseada no registro das ocorrências policiais. “Para nós, todos somos cidadãos brasileiros e temos o mesmo direito à liberdade de expressão e ao respeito à nossa integridade física. Essa é a regra da Constituição e ninguém pode ficar acima dela”, observou a socialista.
A deputada pretende desenvolver contatos com partidos políticos e entes da sociedade civil buscando formar uma ampla frente contra a escalada de violência política que aumentou após o resultado do primeiro turno da eleição presidencial com a maioria das agressões dirigidas contra eleitores do candidato Fernando Haddad (PT).
Entre algumas ações imediatas sugeridas ao Governo do Estado consta a criação de um serviço como o Disque Denúncia, específico para questões da violência política, e do envolvimento do Tribunal Regional Eleitoral no acompanhamento dos fatos registrados, além de um chamamento à TV, rádio e imprensa para que se engajem numa divulgação forte tanto de eventuais ocorrências como de mensagens conclamando à paz e ao respeito pela cidadania. “Não podemos ficar parados vendo os efeitos nefastos do discurso do ódio pregado pelo candidato Bolsonaro”, concluiu Laura Gomes.