Na última Reunião Plenária do ano na Assembleia Legislativa, o líder do Governo, Waldemar Borges, fez um balanço de 2016 na manhã da quarta-feira (21.12). O parlamentar ressaltou que estamos vivendo a maior crise da história econômica do País. “Temos um PIB que cai 4% ao ano, uma economia que vem encolhendo ano após ano e não há sinal, pelo menos no curto prazo, de recuperação”, disse. O deputado lembrou que as dificuldades extremas vividas em todos os níveis de governo é fruto de uma crise que foi criada em Brasília, em função de medidas equivocadas e irresponsáveis, como as isenções fiscais. “O que vemos dentro desse quadro são notícias dos estados brasileiros enfrentando dificuldades extremas. Dos 27 estados da Federação, 20 estão no vermelho, oito estados já não conseguem pagar as suas folhas de pessoal em dia e estados como o Rio de Janeiro, simplesmente decretaram Estado de Calamidade Financeira”, relatou.
Borges falou que os serviços públicos entraram em colapso de uma maneira dramática no Brasil, sobretudo na área da saúde, educação e segurança e lembrou que Pernambuco não fica imune a esse quadro. “Não somos uma unidade isolada da Federação, não somos uma ilha. Vivemos essa dificuldade, mas podemos dizer que aqui, sem querer esconder nenhum dos nossos problemas, estamos enfrentando esse quadro de maneira diferenciada”, enfatizou. Ele disse que o Estado fecha o ano mostrando a população que o Governo Paulo Câmara tem feito seu dever de casa. “Diminuímos o custeio em 2,5%, tivemos a maior redução do nosso DEA, de 34%, somos o 8º estado brasileiro em termos de Superávit. Tudo isso fruto de um esforço, de um conjunto de medidas que o Governo Paulo Câmara tomou com criatividade, coragem e o apoio dessa Casa, para encontrar novas formas de aumentar a arrecadação e, assim, buscar o equilíbrio fiscal, hoje tão perseguido por todos”, declarou Borges.
“Apesar de toda a dificuldade, fechar esse ano podendo apresentar investimentos, desde o início do Governo Paulo Câmara, da ordem dos R$ 2,5 bilhões não é algo trivial, ao contrário, é uma situação que poucos estados brasileiros podem mostrar”, observou, listando uma série de ações e obras realizadas pelo Governo de Pernambuco. “Na área da Educação, conseguimos implantar nove escolas técnicas, construímos seis novas Escolas de Referência de Ensino Médio, pudemos ver Pernambuco apresentar a menor taxa de evasão escolar do país, ver o Estado responder por seis das 10 melhores escolas de Referência do País, manter o Programa Ganhe o Mundo, e até ampliá-lo com a versão do Ganhe o Mundo Musical”, descreveu. Ele também lembrou que o Governo oferece o Passe Livre, que beneficia 260 mil alunos, e que, apesar da crise, tem hoje 83 canteiros de obras na Educação.
Na Saúde, o parlamentar falou do investimento de R$ 25 milhões para estruturação de hospitais e equipamentos e da inauguração de Upas, como as de Primavera e do Arruda. “Ver hospitais como o Mestre Vitalino receber novos serviços, o Hospital de Arcoverde oferecer um padrão de qualidade diferenciado para a população, ver que aumentamos em 4,7% a nossa produção cirúrgica e que alcançamos o 1° lugar no Nordeste e o 2° no Brasil em transplante de coração e medula óssea, constatar que tivemos 26 unidades qualificadas como referência para microcefalia, que entregamos nova unidade de cuidados intermediários neonatal no Hospital de Salgueiro, e que mantivemos o Mãe Coruja, acompanhando milhares de mães e crianças, é algo muito gratificante. Esse quadro só é possível porque o Governo tem foco, compromisso, competência e seriedade”, ressaltou.
O deputado ainda falou o que foi feito na área da Segurança. “Em uma área das mais sensíveis nesse momento de crise porque o desemprego joga 12 milhões de brasileiros no desespero e atinge Pernambuco de uma maneira muito forte, aumentamos os investimentos. Saímos de aproximadamente R$ 3 bilhões gastos em 2015 na área para R$ 3,5 bilhões em 2016. Implantamos, nesse quadro recessivo, o 25º Batalhão em Jaboatão, fizemos reformas em várias delegacias, como em Caruaru, Floresta e Santa Cruz do Capibaribe, criamos uma força-tarefa para investigar assaltos a bancos, aumentamos em 10% a apreensão de drogas e agregamos mais 800 veículos à frota da PM”, elencou.
As ações realizadas na área de recursos hídricos também foram citadas pelo deputado. “Concluímos a Barragem de Serro Azul, o Sistema Produtor da Adutora do Sirigi, as obras de ampliação do SAA de Arcoverde, Petrolina, São Joaquim do Monte e Itapissuma, a ETE de Caruaru, iniciamos as obras da Adutora de Pirangi e Moxotó, retomamos a Adutora do Agreste e recuperamos e construímos mais de 60 médias e pequenas barragens”, contou.
Waldemar Borges lembrou ainda que Pernambuco fecha o ano com os salários dos funcionários em dia, com a 2ª parcela do 13º salário paga e com o salário de dezembro já programada para ser pago até o dia 05 de janeiro. “A gente sabe que é obrigação, mas infelizmente o quadro atual não tem permitido que boa parte dos estados brasileiros cumpram essas e outras obrigações”, reforçou.
“É preciso que no próximo ano a economia reaja para que a arrecadação possa melhorar, para que o dinheiro possa voltar a circular, para que os repasses federais possam voltar a ser realizados mesmo dentro do que esse injusto modelo de federação determina, e que nem assim estão sendo cumpridos, e que a arrecadação reaja e volte a crescer. Do contrário Iremos viver um 2007 de grandes dificuldades, uma vez que o repertório de medidas que têm sido tomadas tende a se esgotar”, alertou. Borges finalizou seu pronunciamento agradecendo as bancadas do Governo e da Oposição, aos funcionários da Casa, à imprensa e à população pernambucana. “O povo de Pernambuco foi chamado em outubro passado a se pronunciar a respeito do projeto político que está em curso em nosso Estado e respondeu dizendo sim ao que está sendo feito. Não no sentido de entender que as coisas estão todas indo as mil maravilhas, não poderia diante desse quadro, mas de reconhecer o esforço honesto que o Governo faz para enfrentar com competência e seriedade essa situação que apresentamos aqui através de dados positivos”, diz.
“O pernambucano deu a vitória eleitoral ao projeto da Frente Popular, aumentando o número de prefeituras dirigidas pelos partidos que fazem parte da base eleitoral do Governo. A oposição, ao contrário, saiu diminuída desse processo, com sua presença em um número menor de municípios, o que revela que seu discurso vazio e próprio dos que torcem pelo quanto pior, melhor, não tem aderência na população. Essa é a resposta mais cabal que se pode ter. É o pronunciamento do povo, dizendo sim aos esforços do Governo e não ao proselitismo superficial e inconseqüente de uma oposição perdida e sem rumo”, finalizou.