A Asces-Unita recebe na próxima segunda-feira(4) o teólogo Jésus Morán, que lança com exclusividade sua recente obra “Fidelidade Criativa”, o evento acontecerá às 19h na praça das Placas no campus II da IES.
Muitos são os carismas nascidos ao longo da história da Igreja. São inspirações do Espírito Santo para vivência do Evangelho segundo perspectivas originais que guiam a caminhada de congregações religiosas, movimentos eclesiais e outras obras da Igreja.
É fato, no entanto, que todos esses grupos, em algum momento – especialmente após a morte do seu fundador – sentem o impacto das exigências de respostas criativas por parte do seu carisma a novas demandas da humanidade nascidas com o passar do tempo.
É sobre como enfrentar esse quadro que trata o livro Fidelidade criativa: o desafio da atualização de um carisma, de autoria do teólogo espanhol Jesús Morán e que a Editora Cidade Nova acaba de lançar.
Em pouco mais de 90 páginas, o autor se debruça sobre os desafios da atualização de um carisma, no respeito à sua identidade e história e, ao mesmo tempo, na busca de um diálogo profundo com o contexto sociocultural em que está inserido.
Nesse sentido, a reflexão desenvolvida por Morán se dá à luz da Exortação Vita consecrata (1996) e da Instrução Partir de Cristo (2002), tendo como base seu percurso intelectual e experiência no Movimento dos Focolares, do qual é seu atual copresidente. Doutor em Teologia pela Universidade Lateranense, de Roma, Jesús Morán é também professor, escritor e sacerdote.
A atualidade de Fidelidade criativa para muitos grupos e obras, como para a Igreja como um todo, corresponde ao que afirmou recentemente o Papa Francisco sobre os carismas e seu papel na vida da comunidade eclesial e da própria humanidade.
Disse o pontífice: “Um carisma não é uma peça de museu, que permanece intacta numa vitrina para ser contemplada e nada mais. A fidelidade, manter puro o carisma, não significa de modo algum encerrá-lo numa garrafa selada, como se fosse água destilada, para não se contaminar com o exterior. Não, o carisma não é conservado mantendo-o reservado; é preciso abri-lo e deixar que saia, a fim de que entre em contato com a realidade, com as pessoas, com suas inquietações e seus problemas. Assim, nesse encontro fecundo com a realidade, o carisma cresce, renova-se e, também a realidade se transforma, se transfigura mediante a força espiritual que tal carisma leva consigo”