Pedro Augusto
A época de faturamento redobrado no comércio de Caruaru passou, com a virada do ano, porém neste período de janeiro, existe um segmento específico, que vem lucrando alto com a demanda extra percebida. Quem pensou no setor de livrarias acertou em cheio. Conforme dita a tradição, nestas primeiras semanas de 2020, o fluxo de pessoas registrado nas lojas do gênero encontra-se bastante elevado, devido à corrida por parte dos consumidores em relação à compra dos materiais escolares dos filhos e demais responsáveis. Até o início das aulas, no próximo mês, a expectativa é de vendas significativas, por exemplo, na Dom Bosco e na Cabral, que tiveram os seus respectivos gerentes entrevistados, na manhã da última segunda-feira (6), pela equipe de reportagem do VANGUARDA.
De acordo com o gerente da Livraria Dom Bosco, Marcos Gilney, a projeção é de comercializar mais materiais em comparação com o mesmo período do ano passado. “Na verdade, temos percebido uma alta na demanda pelos produtos desde o mês passado, quando milhares de trabalhadores receberam o 13º salário. Embora, neste momento, muitos consumidores estão de férias, ou seja, descansando nas praias e demais locais fora de Caruaru, temos computado um quantitativo bastante elevado no que diz respeito às vendas, o que nos leva a projetar um crescimento no faturamento entre 3% a 5% ante o mesmo intervalo de 2019. Para isso, a loja encontra-se repleta de opções em termos de materiais com preços atrativos.”
A concorrente da Dom Bosco, Cabral, é outra livraria da cidade a estar lucrando bastante neste período de janeiro. Segundo a gerente Maria Betânia, a expectativa também é de superar o volume de vendas de 2019. “Como não poderia ser diferente, esta época costuma ser a melhor do ano em termos de faturamento porque antecede o início das aulas e, até agora, o movimento está dentro do esperado. Até o próximo mês de março, a tendência é de demanda redobrada em relação aos materiais. Ainda não podemos dizer o percentual exato, mas deveremos superar o faturamento do ano passado, até porque mais uma vez investimos bastante no que se referem a novidades em termos de produtos. Em contrapartida, não houve grandes aumentos em relação aos preços.”
Do outro lado do balcão, a equipe de reportagem do VANGUARDA conversou com alguns consumidores. Para o contabilista André Augusto, os valores dos materiais até que sofreram certa elevação de um ano para o outro, porém sem tantos abalos. “Sempre costumo observar os preços porque fico atento aos números praticados e houve, sim, aumento em comparação com 2019, mas nada demais. Ou seja, dá para comprar tranquilo todos os materiais, sem esquecer, é claro, da boa e velha pesquisa. Esta última é uma aliada a mais na tentativa de economia, nesta época de corrida pelos itens escolares”, comentou.
Diferentemente de temporadas anteriores, desta vez, a dona de casa Lúcia Maria levou os seus dois filhos, Lara e Pedro, respectivamente, de 9 e de 10 anos, até as livrarias, a fim de escolherem os materiais para o próximo ano letivo. Ela se disse satisfeita com o resultado das compras. “Agora, eles estão maiores e já entendem, que nem tudo pode ser levado devido aos preços. Como muita negociação, chegamos num acordo e compramos tudo que era necessário. Sobrou até um pouco de dinheiro!”, disse, aos risos, a dona de casa.
Liquidações
Janeiro também é tempo de liquidação no varejo local, em grande parte, nas lojas de eletrodomésticos, calçados, vestuários e de materiais de construção. Na empresa Armazém Paraíba, por exemplo, os produtos estão sendo comercializados com até 25% de desconto. “Eletrodomésticos, eletroportáteis, móveis, ou seja, toda nossa gama de produtos se encontra em ritmo de queima de estoque. Fechamos 2019 com o saldo positivo e esta liquidação é mais uma forma de iniciarmos 2020 com o pé direito. Até o presente momento, a procura pelos produtos se encontra bastante alta”, confirmou o gerente de vendas, Guilherme.
Dentre os consumidores que aproveitaram as ofertas em liquidação, VANGUARDA entrevistou Carlos César. Desta vez, ele garantiu a troca do aparelho celular. “Consegui dar uma segurada na segunda parcela do 13º e comprei o meu novo celular no momento ideal, ou seja, com um belo desconto de 20%, no pagamento à vista. Sempre que puder, economizarei na época de dezembro, porque queima de estoque é o que não falta em janeiro. Fiquei bastante satisfeito!”, observou.