O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), de usar o programa Auxílio Brasil – atual Bolsa Família – como um banco de dados para cadastrar eleitores e fazer propaganda por aplicativo de mensagens durante a disputa presidencial no ano passado. A informação é do UOL.
Em agosto, o governo havia liberado o benefício do programa de repasse de renda a mais dois milhões de famílias — que corresponde a mais da metade delas composta por apenas uma pessoa.
A denúncia, por parte dos petistas, de que Bolsonaro vinha fazendo cadastros indevidos e desorganizados no programa já ocorria antes do resultado das eleições. Lula prometeu fazer um novo cadastramento em fevereiro deste ano.
“Queremos voltar a fazer esse cadastro sério, porque me parece que o cadastro foi utilizado para fazer campanha eleitoral com o Zap [WhatsApp], né? A coisa mais importante no cadastro era o Zap, para que pudesse mandar fake news durante todo o processo”, denunciou Lula.
Segundo Lula, durante os governos petistas, os cadastros eram feitos pelas prefeituras, e apenas gerenciado e financiado pela União. Dessa forma, argumentou, não havia uma ligação tão direta entre o governo federal e o cidadão.
De acordo com o presidente, não era o governo que cadastrava, era a prefeitura, para a fiscalização do Ministério Público. “Essa pessoa ia à Caixa, pegava o seu dinheiro sem saber sabe de conversar com qualquer vereador com qualquer deputado ou qualquer gente da Presidência da República”, explicou.
A medida de recadastramento já havia sido anunciada pelo ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, na última semana. Segundo ele, há famílias que recebem e não deveriam, enquanto há outras que não recebem, mas se encaixam nos critérios.