O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, no Cairo, nesta quinta-feira (15), para discussões que abrangem o grupo Brics e a guerra Israel-Hamas em Gaza.
Lula, em sua segunda viagem ao Egito e a primeira no atual mandato, deverá participar de uma reunião da Liga Árabe para discutir a situação na Faixa de Gaza, devastada por mais de quatro meses de guerra.
O presidente deve fazer um discurso no encontro, segundo o comunicado do gabinete do secretário-geral do bloco, Ahmed Aboul Gheit.
Em novembro, Lula acusou Israel de cometer o equivalente ao “terrorismo” em Gaza, ao matar mulheres e crianças inocentes na sua guerra contra o Hamas.
A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.
Pelo menos 28.663 pessoas, a maioria mulheres e crianças, morreram na ofensiva militar de retaliação de Israel em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas.
Lula e Sisi também devem discutir “a coordenação conjunta em fóruns internacionais”, disse o porta-voz da Presidência egípcia, Ahmed Fahmy, em comunicado.
A visita do presidente ao Egito coincide com o centenário das relações diplomáticas entre os dois países.
Lula, que faz sua terceira viagem à África desde que voltou ao poder, viajará depois para Adis Ababba, onde participará nos dias 17 e 18 como convidado na assembleia anual da União Africana, encontro de cúpula que reúne os chefes de Estado de 55 países deste continente.
Será também uma ocasião para se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir o conflito no Oriente, segundo Brasília.
Além disso, o Egito e a Etiópia estão entre os novos membros que acabaram de aderir aos Brics, grupo de países emergentes que anteriormente incluía apenas Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
AFP