Pedro Augusto
Ainda falta mais de um mês para acabar o ano e Caruaru já se aproxima dos 250 homicídios – quantitativo alarmante este que até, então, nunca havia sido computado na história da cidade. Os últimos três deles ocorreram respectivamente no Bairro Santa Rosa e no Centro. Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal local enquanto os autores dos crimes não tinham sido presos, até o fechamento desta matéria.
O adolescente Valter da Silva Junior, o “Valtinho”, de 16 anos, foi assassinado a tiros na Rua Carlos Chagas, no Bairro Santa Rosa. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, ele estava nas proximidades do Bar de Baleia, quando foi alvejado com vários disparos de revólver calibre 38. Ele era usuário de maconha, inclusive, já tinha sido detido por diversas vezes devido ao posse da droga, e teria sido executado por um homem não identificado que estaria a pé. Valtinho residia no Bairro Indianópolis.
Já na tarde do último domingo (19), o corpo de um homem aparentando ter entre 25 e 30 anos foi encontrado às margens do Rio Ipojuca. Ele estava usando uma camisa do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) bem como uma calça jeans e um chinelo. Ao lado do corpo da vítima, a Polícia Científica acabou identificado taças e uma garrafa de licor. A suspeita é de que o homem tenha sido morto durante uma bebedeira. Populares disseram à polícia que teriam escutado diversos disparos na noite anterior.
Na manhã da última terça-feira (21), o Hospital Regional do Agreste, com sede em Caruaru, confirmou a morte de José Maicon Alves da Silva, de 25 anos. Ele havia sido baleado na noite anterior, no momento em que bebia na Favela Bonanza. De acordo com o levantamento cadavérico da Polícia Científica, José Maicon foi atingido com disparos no braço e nas costas. Ele chegou consciente ao HRA, segundo familiares, aparentava estar bem apesar dos disparos, porém morreu horas depois.