Manter auxílio em R$ 600 no próximo ano é um dos desafios de Lula

O vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a equipe de transição, e o senador Wellington Dias (PT-PI), coordenador de Orçamento da campanha, vão se reunir na tarde desta quinta-feira (3) com o relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (PMDB-PI).

Na pauta da reunião, além da manutenção do valor atual do auxílio para a população carente no próximo ano, devem constar o reajuste do salário mínimo acima da inflação e o do salário de servidores, medidas delicadas de resolver, uma vez que representam novas despesas no orçamento para o próximo ano.

A manutenção, em 2023, do auxílio para a população carente em R$ 600, valor que ainda não está assegurado, tem sido uma das preocupações mais urgentes da equipe de transição do presidente eleito. Encaminhada em agosto último ao Congresso Nacional pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PL), a proposta de orçamento para o próximo ano prevê um benefício com um valor médio de R$ 450.

Além de manter o auxílio, que deverá voltar a ser denominado de Bolsa Família, em R$ 600, Lula prometeu um valor adicional de R$ 150 por criança de até seis anos de famílias beneficiadas. Apenas para manter o benefício à população carente em R$ 600 no próximo ano, o Tesouro Nacional prevê que vai ser necessário ampliar de forma considerável os gastos públicos.

Leve-se em conta, ainda, que novas despesas deverão ser adicionadas à previsão orçamentária para a concessão do benefício adicional por crianças. Calcula-se que o montante para manter os dois auxílios cheguem a R$ 78 bilhões.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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