Marília troca ideia com Raquel e seria bem-vinda em chapa com Priscila também

Não foi sem conversar com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, que a deputada federal Marília Arraes embarcou para Brasília em meio ao zum-zum-zum de que ele pode vir a deixar o PT. Nas hostes petistas, uma saída dela do partido ainda não é dada como favas contadas.

Há um movimento em curso de uma ala interessada em tentar fazê-la ficar. Ainda ontem, correligionários aguardavam um retorno da parlamentar da Capital Federal para tomar pé da situação com mais detalhes.

Há reação de uma ala na sigla que enxerga desequilíbrio na condução da construção sobre a vaga do Senado com o PSB. Há quem aponte favorecimento de Carlos Veras nas articulações internas, cotado, como Marília, para integrar a chapa da Frente Popular. Petistas admitem que a data da reunião do diretório estadual, marcada para o próximo dia 27, com previsão de ter efeito conclusivo, engessa e amarra Marília, porque deixa pouca margem de tempo, considerando o prazo da janela partidária, para ela buscar uma saída, caso seja “entubada”.

Enquanto isso, na Oposição, há uma bolsa de apostas dando conta de que Marília poderia integrar a chapa majoritária a ser encabeçada por Raquel Lyra. As duas tem diálogo fluido e conversaram ainda esta semana.

Quem acompanha as movimentações no grupo da tucana assegura que Marília seria bem-vinda como postulante ao Senado. Como a coluna cantara a pedra, a deputada Priscila Krause, por sua vez, tinha nome cotado para o Senado, mas também não estava descartada para, eventualmente, ser vice, o que poderia servir a uma acomodação com Marília.

Em outras palavras, Marília na chapa de Raquel é variável vista com simpatia no seio da campanha da tucana. E não haveria obstáculos, inclusive, para o fato de ela votar no ex-presidente Lula, assim como também não há arestas para a hipótese de ela se filiar ao Solidariedade.

Rumores dão conta de que ela ingressaria no partido presidido nacionalmente por Paulinho da Força. Em Pernambuco, a legenda deve ficar acéfala, em breve, com a desfiliação iminente do deputado federal Augusto Coutinho. Ele já comunicou ao dirigente nacional que irá trocar de partido. Nacionalmente, o Solidariedade está alinhado com Lula.

No grupo liderado por Raquel, ter dois candidatos à presidência num palanque não seria problema. Há quem registre que, inclusive, a construção com Anderson Ferreira se daria nesse formato. A conferir.

Flerte com Republicanos
Augusto Coutinho já comunicou a Paulinho da Força, que vai deixar o partido. Só não consolidou a desfiliação ainda. Há bolsa de apostas dando conta de que ele vai para o Republicanos, dirigido no Estado por Silvio Costa Filho. 

Árbitro > Nas hostes petistas, se diz que Marília Arraes está no jogo e não poderia ter levado “cartão vermelho” sem, ao menos, ser ouvida, a despeito das resistências vigentes ao nome dela tanto no PT-PE, como no PT nacional. Há quem diga que, no PSB, das resistências, Danilo Cabral estava entre as menores.

Ciscado > Na Frente Popular, tem integrante acendendo sinal amarelo para a possibilidade de Marília Arraes compor com Raquel Lyra. “O PT faz tanta confusão que vai terminar a Frente Popular ficando se o governo e sem o Senado. Se o PT faz questão do Senado, por que não bota logo Marília, que tem voto?”, indaga, à coluna, um fonte do centro, que prefere não se identificar.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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