Líderes do PSB, sigla que integrava a base aliada no Congresso, informaram à cúpula nacional do partido que a senadora Marta Suplicy (PT-SP), ex-ministra da Cultura da presidenta Dilma Rousseff, vai se desfiliar do PT, aderir à sigla e disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições do próximo ano. O acerto foi feito ontem (quinta, 6) durante reunião em Brasília, embora o PSB não o confirme oficialmente.
O acordo entre Marta e o PSB consiste na desfiliação do PT em abril e, no mês seguinte, o desembarque no novo partido. As informações são da edição desta sexta-feira (6) do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo informações de bastidor, Marta não fez qualquer exigência para aderir ao PSB e ainda prometeu levar com ela mais petistas insatisfeitos com os rumos do partido. Ela foi informada de que, em caso de derrota para a Prefeitura de São Paulo, não seria necessariamente o nome do partido para o governo do estado, em 2018.
De acordo com um participante da reunião, o acordo foi festejado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). “[O tucano] se mostrou muito satisfeito por ter a senadora Marta do nosso lado”, disse o pessebista.
A senadora deixou o ministério em novembro de 2014 e, desde então, está cada vez mais afastada dos planos do PT – na ocasião, a senadora passou a disparar críticas contra o governo Dilma. Pelo menos desde a semana passada já há a convicção entre os petistas, internamente, de que ela deixará o partido em breve.
“Nas últimas semanas o presidente estadual do PT de São Paulo, Emídio Souza, escalado para negociar com Marta, telefonou para a senadora e ouviu um desaforo. O deputado estadual José Américo (PT-SP) também tentou falar com Marta mas não obteve sucesso. Desde o início de janeiro o PT tenta marcar uma conversa com a ex-prefeita de São Paulo, mas ela nem responde ao convite”, diz trecho da reportagem do Estadão.