O Projeto Memorial Digital do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em parceria com a Tangram Cultural será lançado nesta terça-feira (30/1), no Memorial da Justiça, localizado na avenida Alfredo Lisboa, s/n, no bairro do Brum, das 14h às 17h. Por meio da inciativa serão disponibilizados, num inventário online no site do TJPE, imagem e conteúdo de processos judiciais criminais que fazem parte do acervo do Memorial e que tramitaram no período imperial brasileiro, entre os anos de 1822 a 1889 na Comarca do Recife. Até abril, o site disponibilizará um total de 500 processos. A digitalização dos documentos tem o objetivo não só de facilitar o acesso ao acervo de processos antigos como o de preservar os documentos originais do desgaste provocado pela ação do tempo e pelo manuseio constante.
Após o lançamento da iniciativa para o público, tem início uma roda de conversa sobre os acervos históricos judiciais de Pernambuco: acesso e pesquisa. Participam como palestrantes da roda de conversa, o professor Hildo Leal da Rosa, do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje/PE); o professor George Cabral, presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP); e a professora Maria Emília Vasconcelos dos Santos, do Departamento de História da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). A roda de conversa também promoverá debates com a professora Marcília Gama da Silva, do Memorial da Justiça do Trabalho; e a técnica em arquivo da Faculdade de Direito do Recife Ingrid Rique
A gestora do Memorial de Justiça e coordenadora técnica da iniciativa, Mônica Pádua, enfatiza que o projeto além de possibilitar o acesso público ao acervo de processos também vai facilitar o estudo da relação entre teoria e práticas jurídicas no século XIX. “Com o lançamento do Memorial Digital vamos permitir à comunidade jurídica e aos demais interessados o acesso contínuo e facilitado a fontes para estudos em História do Direito, Antropologia, Sociologia, no modo de vida pernambucano do Século XIX e em outras áreas”, afirmou.
Para execução do projeto, o TJPE formou um grupo de trabalho com a participação de profissionais do Memorial de Justiça, da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) e da Assessoria de Comunicação Social (Ascom). Já a Tangram Cultural sob a coordenação de Germana Pereira é responsável pela produção executiva do projeto. A equipe da empresa elaborou a ficha técnica que trará a descrição dos documentos digitalizados e realizou a padronização da linguagem a ser utilizada nas descrições.
Funcultura – O projeto foi aprovado e está sendo financiado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) em 11 de outubro de 2017. O concurso tinha 16 categorias e uma delas é Patrimônio, área na qual o Memorial concorreu com foco em documentos, acervos ou bens móveis de Pernambuco. Este é o segundo projeto do Memorial da Justiça que garante financiamento por meio do Funcultura. O primeiro, Do Concreto ao Sensorial, integra o programa de acessibilidade e inclusão do Memorial da Justiça de Pernambuco.