O ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, teve audiência em Brasília com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, para discutir projeto de internet de alta velocidade para as escolas municipais de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco. Mendonça relatou que levou ao ministro Fábio Faria algumas ideias e projetos do vereador Gilvandro Estrela. Segundo Mendonça, a conversa foi muito boa, porque ampliar a rede de conexão de internet no Brasil é um dos focos do Ministério.
“Nós, eu e Gilvandro Estrela queremos uma educação mais eficiente para Belo Jardim. Queremos melhorar a estrutura física das escolas no município. E um dos nossos compromissos é ampliar o acesso a internet, que é muito precário. Poucas escola tem e as que tem a internet funciona só pra secretaria, pra diretoria, pra gestão da escola e a gente precisa disponibilizar para os alunos, com equipamentos e condições de que os alunos utilizem uma infraestrutura tecnológica para melhorar empenho educacional e o acesso à educação”, disse.
Segundo Mendonça, durante o período de pandemia as escolas municipais fecharam e apenas as instituições de classe médica e privadas conseguiram ter uma maior regularidade no ensino à distância. “A gente precisa garantir essa mesma condição para os alunos das escolas públicas, porque do contrário a gente vai aumentar ainda mais o fosso entre estudantes de escolas públicas para os das escolas privadas. Então, nesse contexto é importante que a gente possa avançar no sentido de garantir uma internet de qualidade para melhorar a educação de Belo Jardim”, afirmou.
Dados do Ideb de 2017 mostram que das 20 escolas municipais de Belo Jardim, nove estão em situação de alerta com nota abaixo de 5.0. Quatro em alerta de atenção e sete não possuem nenhum dado referente aos índices de educação. Ainda segundo as informações, apenas 13% dos alunos do 9° ano que estudam matemática tiveram um aprendizado adequado, isso representa 59 alunos de um total de 443. Já no 5° ano, 163 demonstraram o aprendizado adequado entre 813 alunos, 20% do total.
Em português, o cenário é um pouco melhor. Dos 443 alunos do 9° ano, 123 demonstraram o aprendizado adequado, 28%. No 5° ano, 298 aprenderam o adequado, 36%.
Os péssimos resultados do Ideb em Belo Jardim escancaram a falta de investimento em educação de qualidade para os estudantes da rede pública municipal durante as últimas gestões. Em várias oportunidades, o pré-candidato a prefeito, Gilvandro Estrela (DEM), afirmou que é preciso ter um maior compromisso com a educação básica e fundamental e reforçou seu compromisso em atuar com importantes investimentos na área caso chegue à prefeitura.
Ao lado de Mendonça Filho em 2017, quando foi prefeito interino por dois meses, Gilvandro destravou obras que estavam paralisadas, buscou investimentos para a educação municipal e visitou praticamente todas as escolas, buscando ver de perto a situação de cada uma e o que precisa ser melhorado.
Ainda em 2017, no MEC, Mendonça lançou a Política de Inovação Educação Conectada, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, para universalizar a internet de alta velocidade e integrar infraestrutura e conectividade na escola, recursos didáticos digitais e formação de gestores e professores para uso pedagógico da tecnologia. Na fase de indução, até o fim de 2018, o MEC investiu R$ 271 milhões, em ações para melhoria da infraestrutura e conexão das escolas, beneficiando 22,5 mil escolas urbanas e rurais com ampliação da rede terrestre de banda larga, conectividade, infraestrutura de wi-fi, compra de dispositivos e aquisição de um satélite que vai levar internet a escolas da zona rural.
“O Educação Conectada foi a maior ação de conectividade na rede de ensino brasileira das últimas duas décadas. A última iniciativa neste sentido tinha sido o ProInfo em 1997”, lembrou Mendonça, destacando que na sua gestão no MEC outros projetos como o Amazônia Conectada e o Nordeste Conectado foram lançados com o mesmo objetivo. No Nordeste Conectado, o MEC investiu R$ 25 milhões, em parceria com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) para interligar, em alta velocidade, instituições federais de educação e pesquisa e escolas públicas, beneficiando mais de 16 milhões de pessoas nos nove estados da região.