Uma menina com 12 anos, moradora de Água Fria, no Recife, é a primeira vítima fatal por dengue, este ano, em Pernambuco. Ela morreu no dia 28 de abril em um hospital particular, com dengue tipo 1, após apresentar febre, vômitos e manchas vermelhas pelo corpo no dia 24. O óbito foi confirmado pela Secretaria de Saúde do Recife, que emitiu nota, e no boletim da Secretaria Estadual de Saúde.
Ainda segundo o município, neste primeiro semestre, houve um aumento de 14% dos casos notificados e uma redução de 24,6% dos casos confirmados em comparação ao mesmo período de 2018. O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa) apresentou resultado geral no Recife de 1,7% (risco médio).
“Apesar de este ser o menor índice de infestação do mosquito da última década, os dados mostram um aumento de notificações nas últimas semanas, no Recife. Por isso, a Secretaria reforça o pedido para que a população adote as medidas de prevenção e controle do Aedes aegypti, assim como pede que mantenham as portas de suas casas abertas pros Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces)”, diz um trecho da nota emitida pela Secretaria, que lamentou o óbito.
A Secretaria disse, ainda, que continua adotando diversas estratégias para controle dos mosquitos Aedes aegypti. “No último mês de junho, a Prefeitura do Recife começou a utilizar a técnica das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDs), desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia. As estações disseminadoras são armadilhas em que os próprios mosquitos espalham o larvicida nos criadouros.”
A estratégia, diz a nota, “complementa as outras ações desenvolvidas na capital pernambucana, como as cerca de três mil ovitrampas instaladas em cerca de 50 bairros da cidade; as Brigadas Contra o Aedes aegypti, que treinam a sociedade civil para engajá-la na identificação e eliminação de focos, além do Centro de Mosquitos Estéreis (Cemer), que busca conter a reprodução do mosquito transmissor da dengue esterilizando os machos e liberando-os no meio ambiente.”
Diario de Pernambuco