O mercado de planos odontológicos segue crescendo desde o início da crise econômica. Em 2016, o volume de recursos movimentados pelos planos odontológicos, R$ 4,4 bilhões, representaram mais da metade do total pago pela população com tratamentos particulares, evidenciando a relevância do plano, versatilidade das operadoras e receptividade positiva da população.
Muito embora tenhamos verificado aumento do faturamento bruto, o crescimento ainda maior das despesas assistenciais contribuiu negativamente para o resultado, evidenciando o descompasso existente entre o avanço das despesas assistenciais e a dificuldade em elevar o ticket médio no mesmo patamar. Esta condição é preocupante, pois no longo prazo isso pode vir a ser um problema para a sustentabilidade do segmento.
O ticket médio mensal dos planos odontológicos cresceu apenas 3,9% em 2016 no comparativo com 2015, passando de R$ 16,35 para R$ 16,99, aumento inferior à inflação de 6,3% acumulada no período.
Nos últimos 12 meses, o crescimento do mercado de planos odontológicos foi impulsionado pelo avanço da contratação de planos individuais, com aumento de 513 mil novos vínculos (14,3%), 1 milhão de novos beneficiários de planos coletivos empresariais (6,5%) e crescimento de 95 mil em planos coletivos por adesão (5,2%).
Os dados da segunda edição de 2017 do Cenário Saúde, uma publicação do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog), elaborada pelo departamento Econômico da Entidade, também apontam que o aumento do número de beneficiários exclusivamente odontológicos foi no 4° trimestre de 2016 e no 1° trimestre de 2017, quando registrou 1 milhão de beneficiários.
“Calcula-se que a cada mês as operadoras absorvem uma média de 90 mil novos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos”, ressalta o presidente do Sinog, Geraldo Almeida Lima. “Resultado importante diante do cenário de redução de empregos, de renda e de crédito no Brasil”, completa.