No mundo, cerca de 45 milhões de pessoas são impactadas pela Doença de Alzheimer (DA), segundo estimativa da organização Alzheimer’s Disease International (ADI). Só no Brasil, a doença impacta 1,2 milhão de pessoas. Para conscientizar a população sobre a doença e alertar para a importância do diagnóstico precoce, a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) promove o Mês do Alzheimer em setembro, em parceria com o Aché.
Em todo o Brasil, serão cerca de 100 iniciativas em 18 estados em que a ABRAz atua, com atividades durante o mês. Em Recife e Olinda (PE), a campanha contará com ações informativas sobre o tema, grupo de apoio, além de mobilização no Dia Mundial da Doença de Alzheimer – 21/9 (mais informações abaixo).
Em 2016, a ABRAz está presente nas cinco regiões do país, atendendo mais de quatro mil familiares por mês. As ações promovidas em todo o Brasil buscam chamar a atenção da sociedade e dos governos para a situação da Doença de Alzheimer no país e para os direitos dos doentes. “Também é fundamental alertar para os problemas enfrentados pelos cuidadores, que são pessoas que contribuem com o tratamento dos pacientes, sejam familiares ou profissionais”, explica Maria Leitão Bessa, presidente da ABRAz.
Segundo Thais Cuperman Pohl, neurologista e gerente Médica da área de Sistema Nervoso Central do Aché, um dos efeitos mais preocupantes da doença é a perda do funcionamento cognitivo. “A Doença de Alzheimer responde pela metade das causas de demência no mundo”, afirma. De acordo com a ADI, a cada quatro segundos um novo caso de demência é detectado no mundo – e a previsão é de que, em 2050, haja uma ocorrência a cada segundo.
Para a especialista, a campanha é fundamental, pois leva informações para as pessoas lidarem da melhor forma com a doença e alerta para a busca pelo diagnóstico precoce e o tratamento. “No Brasil, apenas 14% da população com a doença recebe tratamento adequado. Se detectada no início da doença, a progressão da DA pode ser desacelerada e os sintomas da doença podem ser melhor controlados, permitindo que o indivíduo viva com mais qualidade de vida”, explica Thais.