Até o fim de novembro, o Poder Judiciário estadual participa de mobilização nacional voltada a julgar processos de crimes dolosos contra a vida, a exemplo de homicídios. Em Pernambuco, o Mês Nacional do Júri já conta com 694 processos na pauta de julgamento distribuídos entre 117 unidades judiciárias de todo o Estado. A iniciativa é dos órgãos integrantes da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp): Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público e Ministério da Justiça. Na pauta da ação, estão crimes dolosos contra a vida (em geral); homicídios envolvendo violência contra a mulher; crimes nos quais o réu é policial; e crimes dolosos contra a vida, praticados ou tentados, em bares, casas noturnas ou arredores.
Na perspectiva de divulgar a Semana Nacional do Júri, o presidente do Poder Judiciário, desembargador Leopoldo Raposo, visitou o procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra, juntamente com o gestor de metas do Enasp no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Alexandre Assunção. Estiveram presentes, o promotor Carlos Vitório; o chefe de Gabinete do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), José Bispo; o defensor público-geral do Estado, Manoel Jerônimo; e o defensor José Antônio Melo, além de assessores do MP.
O desembargador Leopoldo Raposo enfatizou a importância da compatibilização das agendas dos juízes, promotores e defensores públicos nos júris. “Temos uma meta a ser alcançada e acredito que poderíamos tentar ajustar esse planejamento de forma articulada com os outros órgãos para evitar que algum júri deixe de ser realizado.” Para o desembargador Alexandre Assunção, a compatibilização das agendas é importante, e o Tribunal de Justiça de Pernambuco quer alcançar as metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “A sociedade espera que os réus sejam colocados em julgamento. Essa mobilização faz apressar a realização dos júris”, declarou. O procurador-geral do MPPE, Carlos Guerra, destacou o resultado positivo da reunião. “Nós vamos organizar o calendário de uma forma mais harmônica, de forma a assegurar a realização dos julgamentos.”