Correndo em faixa própria para firmar sua pré-candidatura ao Governo do Estado, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), prega a unidade da oposição, ainda que, atualmente, haja uma divisão do campo antagonista em dois blocos distintos. O democrata segue com seu projeto “Por Pernambuco”, enquanto os prefeitos de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), seguem com o movimento Levanta Pernambuco. Segundo o gestor, a expectativa é de que todos os partidos possam ir à mesa em meados de janeiro para definir qual a melhor estratégia do bloco: manter duas candidaturas ou a unidade em um só projeto. Recentemente, Miguel esteve reunido com o ex-senador Armando Monteiro Neto (PSDB) e também teve conversas Raquel Lyra. O prefeito avalia que há dois prazos essenciais nas tratativas da oposição. O primeiro é em abril com o fim do prazo para desincompatibilização. O segundo é em junho com as convenções partidárias. Em relação ao último prazo, a situação de Miguel Coelho na composição da chapa majoritária é diferenciada em relação aos demais nomes postos na disputa. Com 31 anos, ele pode disputar apenas os cargos de governador e vice-governador, o que exige uma maior cautela do gestor sertanejo. Tanto que, ao ser questionado sobre a decisão de deixar o cargo ou não em abril, o gestor repete o mantra “quem tem prazo não tem pressa” e joga a decisão mais pra frente. Até lá, o foco do gestor é discutir projetos e não repetir os erros do passado. “A gente sabe que em 2018 se optou por uma candidatura única e o resultado está aí. Então, a gente não pode também por zelo ou por vaidade continuar errando, a gente tem que ter agora muita humildade pra poder colocar não um projeto que seja do DEM, que seja do PSDB, que seja do PL, mas um projeto de mudança de Pernambuco”, afirmou.
Não fez a diferença
Os votos de PDT e PSB não fizeram a diferença na vitória da PEC dos Precatórios no segundo turno da Câmara Federal. Na primeira votação, foram 10 votos favoráveis dos socialistas e 15 dos pedetistas. Ontem, foram 9 do PSB e apenas cinco do PDT. A pressão surtiu efeito, mas não impediu a vitória governista. Pesaram no segundo turno a postura do PSDB, MDB e a negociação do voto em varejo com lideranças do centrão, reforçada pelas articulações do presidente da Câmara, Arthur Lira, em negociar emendas de bancada em troca de votos.
confidências > Após anunciar a saída do Democratas, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) trocou conversa de pé de ouvido com o deputado estadual Antônio Coelho (DEM), durante a sessão da Assembleia Legislativa, ontem. Além de Priscila, o deputado estadual Gustavo Gouveia (DEM) também é cotado para deixar a sigla.
plano b > Para reforçar a chapa democrata após as possíveis baixas, conversas estariam sendo tocadas para tentar atrair nomes como Romero Salles Filho (PTB) e Romero Albuquerque.
na vitrine > Em Brasilia, Secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Tomé Franca, esteve com ar de candidato a deputado estadual. Ligado ao deputado federal Silvio Costa Filho, Tomé tem se reunido com diversas lideranças.
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