O secretário-executivo do Ministério da Justiça, José Levi do Amaral Júnior, vai analisar proposta de convênio com a Prefeitura de Igarassu para destinar R$ 1,1 milhão ao reforço da segurança pública no município. Os recursos, que virão do Fundo Nacional de Segurança Pública, se justificam porque Igarassu foi listada entre as 30 cidades mais violentas do país no Atlas da Violência 2017, divulgado recentemente pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas).
A solicitação foi feita pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), em audiência na quarta-feira (14), no Ministério, acompanhado do prefeito Mário Ricardo (PTB), que entregou o projeto de convênio. “Temos um olhar especial para os municípios”, assinalou Levi. O Atlas da Violência 2017 apontou uma taxa de 69,4 mortes por 100 mil habitantes/ano em Igarassu, o que equivale a mais de uma morte por semana.
‘É um quadro dramático”, diagnosticou Armando ao secretário-executivo do Ministério da Justiça. Assinalou o senador petebista que o Pacto pela Vida retrocedeu em Pernambuco, que tem perspectiva de registrar seis mil homicídios este ano, índice maior, em ternos absolutos, do que todo estado de São Paulo, cuja população é mais de 4,5 vezes superior à pernambucana.
O projeto de convênio entregue por Mário Ricardo ao secretário Nacional de Segurança Pública, general Santos Cruz, que participou da audiência, prevê a implantação de uma central de inteligência e monitoramento municipal, ao custo de R$ 420 mil; aquisição de viaturas, com gastos previstos de R$ 361 mil, e compra de tasers e coletes para a guarda municipal de Igarassu, com despesas estimadas de R$ 334 mil. “São recursos modestos, mas essenciais, que a prefeitura não dispõe”, argumentou Mário Ricardo.