O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, defendeu em evento na noite da terça-feira (27.02) o aumento da mistura de biodiesel na matriz de combustível do país. “Minha geração tem compromisso com a sustentabilidade. E nosso país é grande demais e tem muitos desempregados, eu não poderia perder a oportunidade de apoiar um projeto como o RenovaBio e incentivar a produção de biodiesel”, disse ele, durante homenagem que recebeu da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), em Brasília.
Durante a homenagem, Coelho Filho recebeu das mãos do presidente da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella, a Chancela “Defensor do Combustível Verde”. A homenagem é entregue aqueles que trabalham pelo reconhecimento dos benefícios dos biocombustíveis para as áreas de Economia, Meio Ambiente e Saúde no País.
“Temos que destacar aqui o fantástico empenho do ministro Coelho Filho para conseguirmos a aprovação da antecipação do B10 (10% de adição de biodiesel no diesel fóssil) e no projeto RenovaBio”, afirmou Battistella.
Além do ministro Coelho Filho, também foram homenageados os senadores Cidinho Santos (PR-MT), da Comissão de Meio Ambiente do Senado e vice-presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, e o deputado Evandro Gussi (PV-SP), que foi o autor do projeto do RenovaBio na Câmara dos Deputados e é presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel.
Em seu discurso, o senador Cidinho destacou o incentivo do presidente Michel Temer ao RenovaBio. “Temer regulamentou o projeto. O setor de biodiesel estava desmotivado, com empresas fechando, e o novo marco regulatório trouxe um novo momento, com repercussão no Brasil e no exterior”, afirmou.
Representando o setor produtivo, estiveram presentes o presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, além de representantes da Abiove e de diversas empresas da cadeia do Biodiesel.
A Chancela “Defensor do Combustível Verde” (o biodiesel) é uma homenagem da Aprobio aos esforços de representantes do Executivo e do Legislativo, reconhecendo o trabalho desenvolvido por essas autoridades em torno da aprovação da antecipação do uso do B10, que inicia no dia 1º de março desse ano, e do RenovaBio, programa que traça diretrizes conjuntas para o reconhecimento do papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis na matriz energética nacional, tanto para a segurança energética quanto para a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.
O presidente Battistella ressalta o papel desempenhado pela sociedade civil, tendo a Aprobio e outras entidades do setor à frente, que colaboraram na aprovação dos projetos do B10 e do RenovaBio. “Esses projetos atingem três áreas principais, as três muito importantes para o país. Eles irão ter impacto no campo, ampliando a produção das matérias primas necessárias para o crescimento do ciclo do biodiesel, como soja, girassol, canola e gordura animal, gerando mais empregos e incentivando a agricultura, em especial a familiar, aumentando a qualidade de vida dessas comunidades”, destaca. “Além disso, com o aumento na mistura do diesel, vai melhorar a qualidade do ar nas grandes cidades, beneficiando os moradores e os governos locais, que vão gastar menos dinheiro em saúde”, diz Battistella.
Ainda para o presidente da Aprobio, é importante destacar que o Brasil irá gastar menos dinheiro com a importação de diesel fóssil, melhorando nossa balança comercial. “Por fim, ao ser implementado, o RenovaBio e o B10 vão contribuir para que o nosso país cumpra as metas dos acordos internacionais para a redução do efeito estufa até 2030”, conclui Battistella.