Moro decide que Lula não terá esquema privilegiado de visitas

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Diario de Pernambuco

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá qualquer tipo de privilégios extraordinários de visitação na sede da Polícia Federal de Curitiba, de acordo com decisão de Sergio Moro, emitida nesta terça-feira (10). Preso desde o último sábado (7), Lula segue em uma sala reservada com televisão autorizada pelo juiz.
O aparelho permitiu que o petista assistisse no domingo (8) a partida final do Campeonato Paulista no qual disputava o Corinthians contra o Palmeiras, com a vitória do alviverde por 1 a 0. Além disso, Lula tem direito ao recolhimento em uma Sala do Estado Maior, ambiente reservado em que o ex-presidente fica separado dos demais presos. Ele poderá receber visitas apenas às quartas-feiras, com exceção dos seus advogados.

Segundo o magistrado, devem ser aplicadas as mesmas regras a que estão submetidos outros condenados da Lava-Jato que estão detidos no prédio, o que significa que o petista só teria direito a se encontrar com advogados ou familiares uma vez por semana.

O despacho do juiz Moro foi anexado no fim da tarde desta segunda-feira ao processo da 12ª Vara da Justiça Federal do Paraná, que cabe a outro juiz e cuida exclusivamente da execução da pena de 12 anos e um mês de prisão de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que ele deve estar em um esquema de visitas comum, assim como todos os outros presos, de acordo com informações fornecias à Folha de São Paulo. A Polícia Federal (PF), no entanto, não informou qual será o esquema de visitação mantido para o presidente ao longo da pena. Nenhum outro privilégio foi concedido ao ex-presidente, sendo aplicado o regime geral de visitas da carceragem da PF para não inviabilizar funcionamento da repartição, segundo Moro.

Com essa decisão, a visita de dez governadores ao ex-presidente Lula, negociada entre o PT e a Polícia Federal e prevista para ocorrer nesta tarde de terça-feira, pode não acontecer mais. A autorização para a visita foi solicitada na noite da última segunda-feira pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), que pedia para ele e outros 11 gestores, entre eles o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Até o fim da manhã dessa tarde de terça, o juiz ainda não havia emitido pronunciamento sobre o caso.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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