O futuro superministro da Justiça, Sérgio Moro, quer levar integrantes da força-tarefa da Lava Jato para o ministério e contará com o maior orçamento da pasta para esta década. De acordo com o Estado de S.Paulo, Moro terá R$ 4.798 bilhões, 47% a mais do que o previsto para este ano. Ao mesmo tempo, ele herdará um déficit pessoal em órgãos como a Policia Rodoviária Federal, que voltará a integrar a pasta, assim como a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Moro, que aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro na última quinta-feira (1), deixará o magistrado para integrar o governo. Os dois conversaram por cerca de 1h30 para acertar os detalhes. De acordo com Bolsonaro, o juiz pediu “liberdade total” para o combate a corrupção.
Além da Justiça, o governo Bolsonaro já conta com outros dois superministérios até o momento: o da Economia, que abarca as estrutura da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e estará sob o comando do economista Paulo Guedes e o da Defesa, que será entregue ao general Augusto Heleno. O plano de Bolsonaro é reduzir o número de ministério e tornar as estruturas mais eficientes.
Como Moro vai comandar uma estrutura mais robusta, o orçamento será maior. De acordo com o Estadão, os R$ 4,7 bilhões que terá a disposição dizem respeito somente a gastos discricionários, ou seja, despesas de custeio e investimento que poderão ser livremente administradas pelo chefe da pasta. Os valores não são comprometidos com salários de servidores inscritos na categoria de gasto obrigatório.
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