Morre, no Hospital da Restauração, terceira vítima da queda do Globocop

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Folhape

Morreu, nesta quinta-feira (1º), a terceira e última vítima da queda do Globocop, helicóptero que fazia imagens para a Rede Globo Nordeste. O operador de transmissão Miguel Brendo Pontes Simões, de 21 anos, estava internado no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, na área Central do Recife, desde o último dia 23 de janeiro, quando ocorreu acidente, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife.

Os familiares do jovem chegaram na unidade de saúde por volta das 10h30. Eles foram informados que Miguel não resistiu aos ferimentos. Ele sofreu fratura em várias regiões do corpo com o impacto do acidente e morreu em virtude de um politraumatismo. “Esse rapaz quando entrou era gravíssimo. O HR tem uma quantidade enorme de pacientes gravíssimos, temos um protocolo de atendimento. Ele foi atendido, foi para a UTI, saiu de gravíssimo para grave, isso foi um alento para todos nós, inclusive para os pais, mas desde ontem a gente observou que ele não respondia da mesma forma que antes. Os familiares ficaram cientes e hoje, infelizmente, às 10h30, dra. Karina [Monteiro, intensivista do HR] acompanhou e definiu o óbito dele”, afirmou Fátima Buarque, chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta do Hospital da Restauração. “Ele não tinha mais condições físicas para ficar leve, moderado e receber alta”, atestou Fátima.

“Miguel teve lesão abdominal grave, lesão torácica e também lesão cerebral. A gente pode dizer que ele faleceu pelo politraumatismo. As lesões foram tão graves que, apesar de ele ter respondido melhor inicialmente, essa gravidade não permitiu que nós fossemos capazes de resolver isso tudo. Se ele não tivesse sido operado imediatamente que chegou, provavelmente teria falecido naquele mesmo dia. Foram feitas cirurgias abdominais e torácicas e ele foi reabordado 48 horas depois para fazer uma revisão. Depois disso não fez mais cirurgias”, explicou a médica intensivista Karina Monteiro. Ainda segundo Karina, em nenhum momento ele ficou acordado. Foi necessário mantê-lo desacordado para as abordagens.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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