Pedro Augusto
Na última terça-feira, completou três anos da morte do colunista social do Jornal Vanguarda. Ele foi brutalmente assassinado no dia 16 de abril de 2016, num motel em Caruaru, tendo o seu corpo localizado apenas dois dias depois já no distrito de Insurreição, em Sairé, também no Agreste do Estado. No desenrolar das investigações, a Polícia Civil apurou, na época, que o jornalista teria sido assassinado a facadas por Rafael Leite da Silva, hoje, com 36 anos.
Rafael acabou sendo condenado a 30 anos e cinco meses de prisão, em sessão realizada no dia 21 de junho de 2017, no Salão do Júri do Fórum de Justiça Demóstenes Batista Veras, no Bairro Universitário, em Caruaru. Apesar das várias apelações empregadas pela sua defesa durante todo o julgamento, ele foi considerado culpado pela maioria do corpo de jurados que compôs o Júri Popular. A pena atribuída ao condenado se referiu à prática de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e recuso que impossibilitou a defesa da vítima, bem como ocultação de cadáver.
O assassino continua cumprindo pena na PJPS, enquanto Davi Fernando Ferreira Graciano, de 25 anos, que na época foi apontado pela polícia como o mandante do crime, sequer ainda foi a julgamento e segue solto. De acordo com as informações levantadas pelo semanário, no ano passado, Davi chegou a ter a sua sentença de pronúncia anunciada (quando o juiz entende que há indícios de autoria e materialidade em um determinado crime), porém a sua defesa recorreu da decisão.
Até a tarde desta quarta-feira (17), os recursos que foram impetrados tanto pelas defesas do Davi como do Rafael, que também apelou da condenação, não haviam sido julgados pelos desembargadores da 1ª Câmara Regional de Caruaru. Segundo informações repassadas pelo Tribunal do Júri de Caruaru, a apresentação de recurso do Rafael ocorreu em julho de 2017 enquanto a do Davi em junho do ano passado.
Marcolino Júnior, de acordo com as investigações do delegado Márcio Cruz, teria sido vítima de latrocínio (assalto seguido de morte). “O Davi trabalhava e era a pessoa de confiança do Marcolino. Apuramos que ele se sentia injustiçado por conta da suposta má remuneração a que lhe era repassada. Além disso, possuía interesse em se beneficiar de alguma forma dos bens e das quantias em dinheiro os quais a vítima possuía. Por isso, planejou o crime. Já Rafael iria ser recompensado financeiramente pela execução”, disse na época das investigações, Márcio.
Bastante conhecido em toda Caruaru e região, onde se concentrava a sua área de atuação, Marcelino Junior era responsável no VANGUARDA pela coluna “Gente de Vanguarda”.