O motorista do ônibus de viagem que caiu, ontem, de um viaduto conhecido como Ponte Torta, na BR-381, no município de João Monlevade (MG), pulou antes de o veículo despencar de uma altura de mais de 20 metros e matar pelo menos 16 pessoas. O coletivo saiu do povoado de Santa Cruz do Deserto, em Mata Grande, no sertão de Alagoas, para São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 14h.
A BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, onde ocorreu a tragédia, é conhecida como Rodovia da Morte pelo elevado número de desastres com vítimas fatais. O motorista fugiu do local e ainda não se apresentou à polícia, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais.
O veículo, que pertence à empresa JS Turismo –– mas também registrado como propriedade da Loca Lima, de Mata Grande, cujo nome aparece pintado na carroceria ––, não tem autorização para fazer viagens interestaduais, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). De acordo com testemunhas do acidente, quando passava pelo viaduto rumo a Belo Horizonte, o motorista perdeu o controle e bateu no espelho retrovisor de um caminhão que estava no local. As mesmas pessoas que acompanharam o acidente relataram que o motorista gritou que teria perdido os freios.
A partir daí, o ônibus começou a voltar de marcha à ré, chocou-se com uma proteção lateral da ponte e caiu de uma altura de 23 metros, de acordo com peritos da Polícia Civil. O condutor e outras seis pessoas saltaram antes que o ônibus caísse do viaduto. Além dos mortos, segundo relatos das equipes de salvamento que atuaram no resgate das vítimas, 27 feridos foram levados para hospitais da região.
Correio Braziliense