MPPE investiga empresas de fachada que teriam movimentado R$ 80 mi em contratos com órgãos públicos

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) cumpre mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa que se utiliza de empresas de fachada para celebrar contratos de fornecimento de alimentação para órgãos públicos. O grupo teria movimentado R$ 80 milhões em dois anos.

Ao todo, cinco empresas e nove pessoas são alvos da Operação Gorgulho, realizada na manhã desta quarta-feira (10) no Recife e nas cidades de São Lourenço da Mata e Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife.

Já foram apreendidos nas sedes das empresas e nas residências das pessoas investigadas telefones celulares, computadores, pen drives, documentação e valores em espécie, incluindo R$ 53.500,00 em uma empresa no bairro do Cabanga, no Recife. No mesmo local também foram encontrados dois caminhões e pacotes de alimentos.

Segundo a promotora de Justiça Aline Florêncio, o principal objetivo da operação é constatar se existem, nos endereços em que as empresas estão sediadas, instalações físicas, equipamentos e estoques compatíveis com a atividade de fornecimento de alimentos. As empresas de fachada investigadas teriam firmado contatos com vários municípios pernambucanos.

Participam da ação o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPPE, com apoio da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).

“O material seguirá para o Gaeco, onde a documentação física será analisada e os equipamentos eletrônicos passarão por análise forense, a fim de permitir a continuidade do trabalho investigativo”, ressaltou o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Frederico Magalhães.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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