Apesar da seca não dar tréguas no Agreste do estado há seis anos consecutivos, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tem trabalhado para buscar alternativas que diminuam os efeitos da estiagem prolongada e promovam a continuidade do abastecimento de água para a população da região. No município de Panelas, por exemplo, situado a 142 quilômetros do Recife, foi iniciada a obra de ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade, fruto da parceria do Governo do Estado, Compesa e a Prefeitura do município. O projeto tem um orçamento de R$ 4 milhões, dos quais R$ 400 mil serão bancados pela prefeitura de Panelas, que será responsável pelos serviços de escavação, assentamento e reaterro de 11 quilômetros de adutora. Os investimentos também contam com apoio de recursos assegurados pelo Deputado Federal Fernando Monteiro (PP/PE), que destinou uma Emenda Parlamentar para aquisição de parte das tubulações.
Isso porque a Barragem de São Sebastião, que atende ao município de Panelas, também sentiu os efeitos da seca prolongada no Agreste. O manancial de pequeno porte já está com 33,4% da sua capacidade total e, caso não chova, vai entrar em colapso dentro de três meses. Para evitar que a barragem seque completamente e garantir o abastecimento para a população da cidade, já iniciaram as escavações para a implantação e assentamento de 11 quilômetros de adutora (PVC e ferro), que vai transportar água da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Cupira até a ETA Panelas. O serviço está sendo executado pela Prefeitura de Panelas e deve ser finalizado em fevereiro do próximo ano. A Prefeitura vai destinar R$ 400 mil para execução desta parte da obra.
O restante do investimento do projeto será feito pelo Governo do estado e Compesa e contemplará a ampliação da ETA Cupira, a construção de um reservatório na ETA Panelas, com capacidade para acumular 400 metros cúbicos de água, além de melhorias na rede de distribuição que será requalificada em alguns trechos, com objetivo de aumentar a confiabilidade e reduzir a ocorrência de vazamentos. A previsão para a Compesa iniciar as outras etapas da obra é a partir de janeiro de 2017, e o prazo para concluir todo projeto é de seis meses.
“Esse projeto é fundamental para evitar o colapso do sistema de abastecimento da cidade. Por isso que o nosso planejamento é implantar, primeiro, a adutora para que ela passe a atender a população de Panelas com uma vazão de 15 litros por segundo de água tratada”, explica Bruno Adelino, gerente de Unidade de Negócios da Compesa. Hoje, a população do município é abastecida seguindo um calendário de dois dias com água para 10 dias sem.