Balanço do Ministério da Saúde mostra que a região Nordeste ultrapassou a meta e já vacinou contra gripe 80% do público prioritário, formado por 11,1 milhões de pessoas. No total, foram aplicadas 8,9 milhões de doses na região.
Até esta quarta-feira (1), quatro estados da Região Nordeste (Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe) ainda não bateram a meta de proteger 80% da população-alvo – sem considerar as doses administradas na população com comorbidade e pessoas privadas de liberdade.
Na Bahia, 2,2 milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa 76,6% do público; no Ceará a cobertura vacinal está em 76,7%, com 1,3 milhão doses aplicadas; Rio Grande do Norte vacinou 79,2% do público, com 527,8 mil doses aplicadas; e Sergipe está com cobertura de 79,2%, com 323,8 mil pessoas vacinadas. O Maranhão é o estado com a maior cobertura, alcançando 86,6%, com 1,9 milhão de doses aplicadas, seguido de Alagoas (85,5%), Paraíba (83,8%), Piauí (80,7%) e Pernambuco (80,3%).
Em todo o Brasil, 41,9 milhões de pessoas já se vacinaram. O quantitativo representa 84,3% do público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença. Ao todo, 19 estados e o Distrito Federal já vacinaram mais de 80% do público-alvo.
Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, o cumprimento da meta ratifica o sucesso da estratégia utilizada na campanha. “O Brasil está entre os países que mais ofertam vacinas gratuitamente. Nesta campanha, mais uma vez, cumprimos o papel de proteger a população”, avalia a coordenadora.
A campanha começou no dia 04 de maio em todo o país e foi prorrogada pelo Ministério da Saúde até o dia 05 de junho. Após o encerramento, o Ministério da Saúde recomendou aos estados e municípios que não atingiram a meta a continuidade da vacinação. Ficou a cargo dos gestores locais, no entanto, avaliar se já tinham sido esgotadas todas as possibilidades de vacinação dos grupos-alvo e definir o novo público a ser incluído na campanha, de acordo com as necessidades locais.
O Ministério da Saúde adquiriu 54 milhões de doses para a campanha. Vale ressaltar que a vacina da gripe tem duração de um ano, não devendo ser devolvida. A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. Após a vacinação, o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe. O período de maior circulação da doença segue até agosto. Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação.