O Palácio da Alvorada, em Brasília, recebeu uma multidão em manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) na tarde deste domingo (3). Por volta das 12h10, a página oficial do capitão reformado iniciou uma transmissão ao vivo pelo Facebook, mostrando o presidente acenando para os apoiadores. “Muitos querem voltar ao trabalho”, disse Bolsonaro, para a câmera que registrou a manifestação.
“O Brasil clama pela volta ao trabalho. Estamos vivendo um momento difícil devido a alguns governadores. Isso não é bom. O país, de forma altiva, vai enfrentar os seus problemas. Muitos serão afetados, infelizmente, mas é uma realidade que temos que enfrentar. Não podemos deixar que o efeito colateral do combate ao vírus seja mais danoso que o vírus”, continuou o presidente, ao lado da filha Laura Bolsonaro, de 9 anos.
“Aqui temos pessoas de bem, chefes da família, em nome da verdadeira independência do povo brasileiro. Não vamos mais admitir interferência. Queremos levar o Brasil para frente. Nós todos acreditamos no Brasil”, finalizou. Bandeiras do Brasil e cartazes de “Fora Maia” eram carregados pelos manifestantes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também participou do ato, ao lado do pai.
Aglomerações como a da manifestação contrariam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para amenizar a pandemia da Covid-19. De acordo com informações do Ministério da Saúde neste sábado (2), o Brasil tem 96559 casos confirmados da doença e 6750 mortes foram registradas. A taxa de letalidade está em 7%.
Neste sábado (2), o ex-ministro Sergio Moro realizou seu depoimento no prédio da Polícia Federal em Curitiba, no inquérito que apura as acusações que ele fez ao sair do governo Jair Bolsonaro (Sem Partido), um momento que ameaça fragilizar o governo de Bolsonaro. Moro passou cerca de oito horas no prédio.
Em Abril, Alexandre de Moares suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O magistrado entendeu que a decisão do presidente Jair Bolsonaro viola o princípio da impessoalidade, já que Ramagem é próximo da família do presidente.
Diario de Pernambuco